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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Nomeações de párocos na Diocese do Funchal

Porque será que uma coisa tão banal na vida da Igreja Diocesana provoca tanta celeuma? - Porque falta alma quanto ao modo como se fazem as coisas. Explico-me. A auscultação para nomear qualquer pároco devia ser muito abrangente. Os outros párocos, especialmente os que estão à volta da paróquia para onde vai um novo pároco e todas as pessoas mais empenhadas nessa comunidade deviam ser escutadas com muito atenção. Por um lado, as coisas são feitas de um modo que ninguém sabe e, por isso, levanta muitas suspeitas, muita bilhardice e muita contestação. Por outro, muitos falam, reclamam e criticam sem saber do que falam. O desconhecimento sobre as coisas da religião e do modo como a Igreja funciona é muito grande. Os que opinam, contestam, criticam, fazem-no de um modo tão acintoso que revela muita ignorância e falta de espírito de Igreja. A maioria dos cristãos estão acomodados, vivem na maior das indeferenças em relação a tudo isto. Outra grande parte, não se preocupa muito que seja agora o padre A, B ou C, qualquer um serve desde que llhes garanta os serviços necessários para o momento. A todos de facto não deveria importar que fosse este ou aquele pároco, desde que as comunidades funcionem com o mínimo de qualidade. E se todos estivessem disponíveis para colaborar como verdadeiros cristãos a Igreja, afinal, seria um lugar de corresponsabilidade fraterna exemplar. A celeuma existe, graças à Igreja sacramentalista que ainda perdura entre nós. Tudo à volta do clero, por força de muitas circunstâncias. Umas pela natureza da Igreja e outras por falta de preparação adequada dos fiéis para exercerem determinadas funções com respeito e responsabilidade fraterna. A poeira que este assunto levanta, não passa disso, poeira que o vento leva facilmente. E mais ainda, se todas as famílias dessem um sacerdote à Igreja, qualquer bispo teria muito mais facilidade em resolver as questões da sua diocese. Gostaria de ver aqueles que criticam só por criticar a trabalhar mais nas vocações religiosas e nas suas famílias deveriam tudo fazer para que surgisse um sacerdote. Sabiam que os padres não se colhem na horta? - São fruto das famílias, as nossas famílias concretas. E ainda, outro povo, acusa os sacerdotes de estarem acomodados, e quantos fiéis se apoderaram das comunidades e são autênticos despotasinhos, que desertificam tudo à sua volta? - Mandões, brigões, motivo de divisão e sofrimento para os párocos e todas as pessoas que desejam aproximar-se das comunidades. A Igreja de tudo tem um pouco.

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