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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Os casamentos homossexuais

Está na ordem do dia o tema da homossexualidade e, mais precisamente em debate na Assembleia da República, a aprovação ou não de uma proposta do Bloco de Esquerda sobre os casamentos homossexuais. Não será ainda desta vez que será aprovado, mas na próxima legislatura voltará em força.
Para a Igreja Católica este é um assunto muito complexo. A Igreja na sua doutrina considera a homossexualidade uma doença ou um desvio da natureza, em muitos meios da sociedade em geral começa a ser aceite como uma opção ou orientação tão legítima como a orientação heterossexual. Estamos perante um sinal dos tempos, que merece atenção especial e uma reflexão muito séria séria. Porque qualquer precalço nesta matéria, o sofrimento para muita gente é uma realidade incontornável.
Mas, reduzir a homossexualidade a um pecado, é redutor e favorece a perseguição e discriminação em relação às pessoas com esta orientação sexual. Assim, «Pecado» é ter a liberdade de escolher entre o bem e o mal e optar pelo mal. Ninguém escolhe ser homossexual. A orientação sexual é algo inerente ao indivíduo e à sua personalidade. Por isso, em qualquer orientação sexual, a libertinagem e a promiscuidade são pecados porque agridem a dignidade da pessoa. Cristo dá-nos o direito de nos guiarmos pela nossa consciência e pelo amor. Pecado é não amar e permite que se tenha atitudes indignas para si e para os outros. Qual é a mensagem fundamental da Bíblia e do Evangelho de Jesus Cristo? Como cristãos, nós acreditamos que a Escritura Hebraica é a revelação inspirada dos compromissos de Deus para com o seu povo. A nossa lei é a de Cristo e essa lei é a lei do amor. O seu fundamento é o mandamento «amar a Deus e ao próximo como a si mesmo». Nem Jesus nem Paulo e nem mais ninguém no Novo Testamento diz que os Cristãos estão presos às regras éticas da lei de Moisés. Paulo ensinou claramente que os Cristãos não estão mais sob a lei do Antigo Testamento (Gál 3, 23-25). Ensinou também que a velha lei é complementada em Cristo (Rom 10, 4) e que a sua realização se cumpre no amor (Rom 13, 8-10, Gál 5, 14). Jesus verdadeiramente lidou com a sexualidade humana de uma maneira aberta e com aceitação. Por um lado afirmou as virtudes do casamento, mas por outro também declarou que o casamento não é para todas as pessoas (Mateus 19, 3-12). Por fim, a Bíblia não possui registada nenhuma palavra falada por Jesus condenando a homossexualidade. Por fim, faço a pergunta que me parece óbvia, para quando uma Igreja toda, em comunhão fraterna com todos? – Aristóteles dizia, o que todos os homens querem da vida é procurar a felicidade e a Igreja sabe isto desde sempre.

1 comentário:

Hakuna Matata disse...

Espero pelo dia que a sociedade deixe de dizer "os Homossexuais"...e aprenda que somos todos iguais com o mesmo final traçado...na realidade, a população em geral não tem noçao do número de pessoas que são afetadas no seu dia-a-dia pela discriminação que vivem! Será uma minoria??? Poderá parecer uma minoria porque o medo faz as calar/recalcar/sofrer em silêncio para não encarar a maldade de quem não entende e de quem aponta o dedo! Espero por um mundo IGUAL A TODOS!