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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Comentário à Missa do Próximo Domingo

Domingo, 13 de Dezembro de 2009
III Advento
REPARTIR
Após a reflexão que o Advento nos tem proporcionado sobre verbos fortes, vigiar e preparar, somos convidados a acolher o desafio da partilha, com o verbo repartir. Novamente um verbo forte, repartir ou partilhar, que pela voz de João Baptista aponta como dimensão essencial do Natal de Jesus.
Interessante que o ano que vem, 2010, foi declarado, Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social. Mais força encontra o apelo de João Baptista que, já no Advento de Jesus, nos convida a repartir alguma coisa com quem nada tem.
O mundo está cheio de injustiça, porque são muito poucos os que têm muitos bens para viverem na abastança, no desperdício e na riqueza desmedida; mas são muitos os que nada têm para sobreviver com a mínima dignidade. E lá vamos nós vivendo com este escândalo, habitamos um mundo que produz bens suficientes para que ninguém fosse chamado de pobre, mas não há forma de acabar com a fome, com a miséria que afecta todas as sociedades. Era preciso criar políticas de protecção social e mecanismos de partilha que levassem os Estados a serem solidários e a contribuírem para a acabar com a exclusão e com todo o género de pobreza.
Mas, o que dizer face à corrupção e ao roubo que mina a política, a justiça e a sociedade em geral. O nosso mundo enferma por causa da ganância, do egoísmo e do desejo de enriquecimento fácil. Por isso, o roubo é uma realidade do dia a dia e a insensibilidade em relação ao Bem-comum é regra que comanda a vida de muita gente. Daí a pobreza e a exclusão social de uma multidão imensa. À luz do sermão de João Baptista, Indira Ghandi, dizia: «De punhos cerrados, não se pode apertar a mão a ninguém». Que o Advento nos abra o coração e as mãos para repartir.

5 comentários:

José Luís Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gorete Araújo disse...

Muito bem... gostei Padre José LUís.

Vou tentar repartir um pouco este Natal.

Um abraço
Gorete

Manuela e José Carlos disse...

Ob. Padre José Luis por esta mensagem, é tão linda e com muito sentido espiritual, se todas as pessoas que têm um pouco mais do que as oytras que não têm nada se repartissem o mundo seria tão feliz. Nós estamos a fazer a nossa partilha quer espiritual e material, foi o nosso compromisso de advento.
Um abraço e que o Senhor Jesus conceda-lhe essa sabedoria e o dom da partilha.

Manuela e José Carlos

anareis disse...

Estou fazendo uma Campanha de Natal para crianças necessitadas da minha comunidade carente,são crianças que não tem nada no Natal,as doações serão destinadas a compra de cestas básicas-roupas-calçados e brinquedos. Se cada um de nós doar-mos um pouquinho DEUS multiplicará em muitas crianças felizes. Se voce quiser ajudar é fácil,basta depositar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Voce verá como doar faz bem a Alma,obrigado. meu email asilvareis10@gmail.com

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Outro texto que nos obriga quase a dizer as mesmas coisas. São palavras já estão gastas de tanto falarmos delas tais como: solidariedade, amor, partilha. Os governantes acham que isso é tarefa das igrejas e dos crentes.Acho piada que nesta sociedade vazia de valores e de acontecimentos nobres ainda apareçam us burgueses que querem tirar aos pobres aquilo que ainda lhes resta de esperança e que lhes dá sentido à vida que é DEUS. A burguesia académica e intelectual quere-nos matar Deus e implantar uma sociedade ateia, poerventura, materialista. Tudo isto sem discussão filosófica como nos séculos passados.Mas hoje. E para quê?. Para cairmos na armadilha dos novos deuses do hedonismo, do sadismo e do pragmatismo, que nos levam ao céu do salve-se quem puder. O que interessa é ter mais à custa de roubar um pouco daquilo que os outros ainda têm para viver o mínimo dos mínimos. A esse materialismo prefiro o de Karl Marx - o histórico- pelo menos tínhamos a utopia de uma sociedade igualitária.