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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Missa do Parto dia 16 - São João Batista

Esquema de homilia para Segunda Missa do Parto dia 16 de Dezembro 2009

A relevância do papel de São João Baptista reside no facto de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda. Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Baptista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Baptista e é com ele que a missão profética atingiu a sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Baptista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu a sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia chamar-se João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu-lhe no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: «bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me é dado que a mãe do meu Senhor me venha visitar?» (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Baptista como precursor de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Baptista encaminhou-se para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir a sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: «Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo». João Baptista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio da imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida. A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Baptista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Pela sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, esclareceu: «Eu não sou o Cristo» (Jo 3, 28) e «não sou digno de Lhe desatar a correia das suas sandálias». (Jo 1, 27). Quando os seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direcção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: «Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo». (Jo 1,29). João baptizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por ti e tu vens a mim ?» (Mt 3, 14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, no seu Evangelho (Mc 6, 14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado pelos seus discípulos.

Adaptado do site: «Cultura Brasil».

1 comentário:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Ele foi dos primeiros contestatários do mundo instalado.Quantos João Baptista são precisos dos dias de hoje, para denunciar, frente aos herodes dos nossos dias, as injustiças, os clamores dos pobres e oprimidos, a própria Natureza.Os que querem queimar o Planeta deixando à sua sorte os pobres, as gerações vindouras um legado pouco animador A Metanoia -conversão- é a única salvação para o mundo actual. Os homens e mulheres dos nossos dias precisam de corações novos desafiadores da nova Esperança. Aquela que foi anunciada por João Baptista.