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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Missa do Parto dia 17 - Os Pastores

Lucas, o Evangelista escreve que Maria «Deu à luz o Seu filho primogénito. Envolveu-o em panos e colocou-o num presépio, porque não encontraram lugar na hospedaria». O presépio aparece também no texto do profeta Isaías (Is. 1, 3) quando Deus se queixa de que «o boi conhece o seu dono e o asno conhece o presépio do Seu Senhor, mas Israel não me conhece, o Meu povo não se recorda de mim». E daí aparecem os dois animais míticos.
Mas foi São Francisco de Assis, por meio da representação da cena da natividade, (o presépio) que tentou de forma visual passar para os camponeses o mistério da noite de Natal. Temos então a representação do presépio como um estábulo, incluindo a mula, o boi, e com a visita dos magos e pastores. A representação apoia-se em trechos bíblicos. Na Bíblia a actividade do pastor é fundamental para a sobrevivência das pessoas. O primeiro pastor, em sentido literal, é Abel (Gênesis 4,2). Naquele ambiente árido, o pastor tinha que encontrar erva e água (Salmos 23,2), proteger o rebanho das feras e recuperar a ovelha perdida (Ezequiel 34,8; Mateus 18,12). Se o pastor não obedecia ao seu compromisso tinha que pagar do próprio bolso cada ovelha perdida (Gênesis 31,39).
Os pastores eram considerados ladrões. Porque não sabiam de fronteiras nas pastagens. Eram odiados por muitos que se viam espoliados nas suas terras. São estes de má fama os primeiros a saberem do nascimento do Menino Deus. Assim desejou Deus, apresentar-se diante dos ostracizados da sociedade. Tal como antes também hoje Deus manifesta-se sempre em primeiro lugar aos simples, aos humildes e aos pobres.

1 comentário:

M Teresa Góis disse...

Com esta explicação já hoje aprendi mais alguma coisa. Bem haja por partilhar o seu conhecimento de um modo simples mas elucidativo. É destes "Pastores" sem cajado que os leigos precisam para melhorar a sua participação na Igreja.