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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Igrejas vazias de gente - uma questão?

Será mesmo assim, como alguns sempre afirmam sem saberem? - Dizem com muita verdade: «os cães ladram e a caravana passa». Uma inscrição que se apresentava num matadouro dizia: «se guincho de porco chegasse ao céu, o porco era rei». Era bom que os patetas que dizem sempre a mesma coisa soubessem antes um bocadinho da realidade. Como será possível que o padre mais odiado da Madeira, o padre que celebra missas sem ninguém, tenha recolhido no fim de semana 16 e 17 de Janeiro cerca de 2.000 euros (dois mil euros) para o povo martirizado do Haiti? - Este valor já foi entregue à Igreja do Haiti, que está a fazer um trabalho extraordinário ao lado do seu povo sofredor. Gostei imenso de ouvir o pároco da Catedral falar aos seus fiéis com palavras de esperança e de consolo. O cenário das imagens, eram as ruínas da catedral que desmoronou por completo.
Agradeço imenso às pessoas que corresponderam ao meu apelo. Todos fizemos a Eucaristia viva, ao colocamo-nos ao lado de quem mais sofre neste momento. É uma gota de água perante um oceano imenso de necessidades, mas dizia a Santa Madre Teresa de Calcutá o seguinte: «O nosso bem é uma gota num oceano imenso, mas faltando essa gota o oceano ainda seria menor». Parabéns à minha família que são as duas comunidades paroquiais que sirvo com todo o amor que é possível Deus colocar no meu coração.
Pequena nota: Este valor em dinheiro não foi recolhido durante os habituais ofertórios das missas, mas no fim, à saída das pessoas. Como se faz isto se não saíam pessoas das igrejas fazias? - Parece um milagre ...

11 comentários:

M Teresa Góis disse...

O coração humano, a inteligência humana, não são indiferentes ao "peditório" (não gosto do termo)que tem em vista uma razão superior. Foi assim na Ponta Delgada e em S. Vicente, também.
Damos quando sabemos que é para a dignificação do nosso próximo e bem de comunidades.

laureana silva disse...

Aléluia! Cristo está com os pobres e famintos, seja de que maneira fôr.
É a repetição do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Ah! que bom seria se nós tivessemos mais confiança no Senhor. Falo por mim claro está. Sigo o seu blog Senhor padre, aprecio a sua frontalidade e ao mesmo tempo a sua humildade, sei que já visitou alguns blogs meus o que agradeço, ainda estou muito no princípio. ainda estou a aprender, mas lá chegarei se Deus quiser.
Um abraço em Cristo.
Maria

Susana Ramos disse...

Mas por que razão se considera o pároco mais odiado da Madeira?
E, se for, por quem quer que seja, porque se preocupa com isso?
A sua consciência do dever cumprido e a certeza de um caminho correcto de vida religiosa católica,
ao serviço de Deus, pelo serviço às comunidades com quem trabalha são o bálsamo para tudo o que se possa
pensar e dizer...
Deus criou-nos livres: pensamos e dizemos o que queremos. Obviamente, teremos de aceitar todas as consequências que daí advêm.
Se fazemos o que está certo, se respeitamos os valores de Cristo, se nos respeitamos a nós próprios e aos que amamos, se não envergonhamos o Rosto de Cristo, não temos o que temer.
Mas, sobretudo só devemos dar importância aos comentários e às pessoas que têm real e efectivamente importância. As pessoas têm a importância que nós lhes damos.
Não podemos ser arrogantes e cheios de nós mesmos e da nossa parca sabedoria: nós somos humanos e temos qualidades e defeitos, como todos os seres humanos.
Umas vezes fazemos bem, outras menos bem.... o importante é aprender sempre e evoluir para melhor.
Que Maria nos abençoe com a sua ternura e compreensão de mãe, para estas horas de revolta e incompreensão!
Bem haja!
Susana Ramos

Marcelino Teles disse...

Não vou falar do peditório, mas apenas sobre as igrejas vazias e, para esta questão, encontrei uma sugestão no filme "O Sal Da Terra", de Eloi Pires Ferreira, que ontem vi aqui durante 90m - http://www.cultureunplugged.com/play/2809/O-Sal-Da-Terra--The-Salt-of-the-Earth-
Era, também, um padre diferente, mas simplesmente espectacular.

Autor do blog disse...

Amigos leitores:

Apenas partilhei estas palavras e a iniciativa, só para dar a conhecer o que fizemos, por aquele povo irmão do Haiti que está a sofrer imenso. Espero que sirva para muitas mais iniciativas solidárias se multiplicarem, porque como se vê, toda a solidariedade para o Haiti será sempre pouca. Não tive qualquer outra intenção senão essa, até porque gosto muito do princípio evangélico: que a nossa mão esquerda não saiba o que faz a direita. Obriguado pela vossa atenção e compreensão amiga...

Anónimo disse...

Gostei. O Zé Luís ficou picado com o meu comentário das igrejas vazias. Mais vazio deve estar a sua cabeça de razão quando o seu blog e os seus comentários servem apenas para desunir e baixar o nível civilizacional dando voz aos loucos e há ainda quem ingenuamente pense que é um espaço de liberdade. Aprendam a liberdade! Mais odiado? desconheço. Demasiada prentenção sua. Deve pensar que é o centro das conversas e dos ódios. Eu odeio a doença, a dor e a morte. Eu odeio o desemprego e a falta de esperança. A si não o odeio. Tenho pena. No fundo de tudo e de todas as contas, pela vida que leva, tenho é pena. Abraço, Zé Pedro. Vá lá, publique e não censure. Respeite a liberdade dos outros...um bocadinho.

Autor do blog disse...

Zé Pedro: Obrigado por visitar o meu blog, é sinal que lhe dá alguma importância, mesmo eu estando certo que ele não tem importância nenhuma. Pena de si tenho eu, porque não alcança o sentido das palavras nem percebe o quanto têm de ironia algumas coisas que estão no blog. Também tenho pena de si e de todos os cristãos que têm o comportamento do filho mais velho da Parábola do Filho Pródigo. Passe bem... E divirta-se com a suma liberdade que diz estar em si. Leia o comentário que está acima do seu da Susana.

Anónimo disse...

Sr. Padre não fique assim tão zangado comigo e bem sei que você tem muitas qualidades e passo a anunciar algumas: tem a igreja limpa e bem cuidada, sabe escrever e falar, é frontal, reflecte sobre as coisas e a vida. Mas devia aproveitar essas e outras qualidades para fazer união e construir Igreja, ir mais além. acho piada ao seu blog, na minha idade temos pouco para fazer e isto ajuda a pasar o tempo. abraço, não leve a mal. Zé Pedro. fala de liberdade? qual é a liberdade efectiva que temos?

Autor do blog disse...

Autor do blog: não estou sangado...

Anónimo disse...

As pessoas são sensiveis ao sofrimento dos outros e nessas alturas dão o seu melhor. Não entendo é como que o nosso Bispo pretende que as paróquias entreguem dinheiro á diocese á custa da Imagem peregrina. Nem dá para acreditar o que foi dito na paróquia: é preciso entregar metade da receita das ofertas á diocese. Padre José Luis será verdade este aviso feito pelo pároco? É assim também na sua paróquia? Gostava que houvesse a frontalidade que tem em outros padres.
Susana

Autor do blog disse...

Cara Susana:

tenho que responder-lhe desta forma, porque não tenho outro meio, não me enviou contactos.

1º Obrigado por vir ao meu blog.
2º Não pretendo fazer negócio com Nª Senhora, vamos apenas fazer os ofertórios nas missas que vamos celebrar nas duas paróquias. Vamos vender as habituais velas para a procissão que vamos fazer entre uma paróquia e outra no dia 20 de Fevereiro. E vamos colocar uma caixinha à frente da Imagem de Nª Sª e o que cair lá dentro será para enviar para a Igreja nossa irmãos do Haiti.
3ª Só entregarei alguma coisa à Diocese após a apresentação das contas da visita da Imagem, porque ainda não percebi qual a despesa que ela dá. As ofertas para as flores têm sido imensas de pessoas individuais.
4º Realmente tem sido feio algumas coisas que se têm passado ao redor da Imagem de Nª Senhora, mas vamos centrar-nos no essencial: que Maria de Nazaré nos conduza a Jesus. Grato pela confiança.