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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A política da mão estendida - Duas Linhas

Nota do autor do blog: grande Miguel! Tudo se reduz a «estranha palhaçada», como dizia o Mário Crespo, na crónica censurada. E como a realidade não desmente em nada a palhaçada e o carnaval em que se tornaram os políticos e alguma forma de fazer política. Tens a palavra Miguel:
«Independentemente da justeza dos argumentos da Madeira, é triste ver assim a imagem que damos perante o resto do país. A intransigência de Sócrates não surpreende ninguém, a teimosia de Teixeira dos Santos também não e Jardim já não mete medo em Lisboa. Mas os políticos, um dia, mudam de cargo e o povo esquece. Agora, a imagem da Madeira vai levar anos a recuperar. A luta autonómica que dominava o contencioso com o governo central é agora ditada pela política da mão estendida. A imagem que passa é que a Madeira quer dinheiro a bem ou mal. E nem interessa se é muito ou pouco, é preciso é que caia algum. Mais do que um sinal de resistência, revelamos desespero. E chegamos a isto. A um impasse que põe todo o país a falar de nós todos os dias pelas piores razões. E quando o nível de discussão chega ao grau zero, o presidente do GR deseja "bom Carnaval a todos". Estranha ironia. Pelos vistos, o Carnaval acabou».
Miguel Silva, Editor de Política, Diário de Notícias do Funchal, 5 de Fevereiro de 2010.

3 comentários:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luís desculpe a intromissão, mas a Madeira e o seu autocrata reinante têm alguma responsabilidade neste tipo de desenvolvimento. Há muita gente que se safou com ele. Os patos bravos do regime. E agora? Quem paga as crises de lá de cá das europas dos seus bancos e centrais financeiras são sempre os mesmos. Isto de um gajo ser pobre de manhã e à noite ser rico é uma imoralidade.Portugal está à beira do colapso não é por causa dos excesso de funcionários públicos, mas, sim, de corruptos. De processos que estão nos tribunais e que não andam. E na Madeira para quê tanto túnel, pavilhões desportivos, igrejas, zonas industriais etc etc.? Aposte-se na educação, na saúde,na qualidade de vida das suas populações. Onde está o sector produtivo? A nossa agricultura tem cimento em cima. As bananeiras? As pescas. Os barcos foram abatidos a mando da Europa. Esta só interessa não a economia (a gestão da casa comum)mas o economicismo egoista, doentio. Estamos todos a afundar. Não é só aqui, é lá e no Mundo.

Autor do blog disse...

Autor do blog: Tem toda a razão Ângelo, é por isso, que subscrevo integralmente o texto do Miguel. Porque se não fosse tudo isso que o Ângelo denuncia, não precisavamos de andar de mão estendida em Lisboa nem em parte nenhuma. Uma vergonha insanável o que se está a passar... Os de lá também pelo que se vê não são Santos nenhuns.

M Teresa Góis disse...

Quando será que o povo da Madeira ACORDA? Quando será que os "janotas deputados" que frequentam a "fábrica da cera" (leia-se Assembleia Regional), olham para os seus concelhos que lhes dão o ganho, e os defendem? Quando será que os autarcas eleitos defendem a sua autarquia, colhendo a opinião e saber do povo, as suas necessidades, as diferenças mais gritantes com as zonas mais desenvolvidas? Quando? Quando? Quando? Só quando estas gerações (já conto 4)de lambe-botas tiverem uma virose séria e "baterem a caçuleta" (=morrerem).O pior de tudo é que rebentaram com a Ilha, com os valores do seu Povo e a deixam a sua população totalmente endividada nos próximos 50 anos, pelo menos!
E arrogam-se de viverem na 2ª região mais rica de Portugal - pois claro, a Ma(ma)deira.
PS, que quer dizer post scriptum - diz-se nos paços do governo que não há dinheiro para pagar aos funcionários. Muitos há que pensam pedir reforma antecipada para poderem ser pagos pela Caixa Nac de Pensões...