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segunda-feira, 26 de abril de 2010

As Lágrimas de Maria de Nazaré

Não há palavras para qualificar o que se está a passar com a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Paróquia da Ribeira Seca...
Dez perguntas:
1. Será que o Papa sabe da situação da Paróquia da Ribeira Seca?
2. Será justo alguém de fora da realidade dizer que uma igreja paroquial está «ocupada individamente» pelo seu próprio povo, isto é, o povo que trabalhou e deu as suas ofertas para edificar esse templo?
3. Será justo condenar e ostracizar um povo que ama e escolhe para o guiar na sua igreja um padre que sempre o defendeu dos poderosos e tomou militantemente a opção de estar sempre ao lado do seu povo? Que crime é este?
4. Não é chegado o tempo de denunciar esta situação a quem de direito, as instâncias superiores da Igreja Católica, até que chegasse ao conhecimento do Papa?
5. Como serão as conversas entre a Diocese (na pessoa do sr. Bispo e o padre Martins Júnior)? - Sim, porque sempre dizem que estão em conversações, então seria tempo de divulgar o teor dessas conversas, porque, ao invés imaginamos que sejam assim, diz o sr. bispo: «Ó padre Martins, dizem-me que estás ilegalmente ocupando uma Paróquia». O Padre Martins Júnior remata: «Ó sr. Bispo, não estou ilegal porque nunca fui julgado e o povo quer que eu la esteja». Neste dito «diálogo» passam uma hora, duas e quem sabe até três e quatro horas. Por fim, o sr. bispo aponta para eterna promessa: «Vou resolver a situação». Vem depois outro dia e outra conversa com os mesmos remates e os mesmos golos. Deve ser uma comédia com muita graça.
6. O que sentirá Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus e Mãe de toda a humanidade, sobre este patético diálogo de surdos? - Julgo que verte lágrimas de tristeza...
7. Será justo aproveitar a Imagem Peregrina para guerrar, provocar e quem sabe reavivar feridas e provocar outras a esta Igreja Católica tão agastada e manchada pelas piores razões?
8. Seria ou não uma oportunidade de ouro para esquecer um passado doloroso para tanta gente e rematar vias de concordia, mesmo que as leis canónicas fossem referidas, mas a verdade do Evangelho prevalecesse e reacendesse a paz entre todos?
9. Fica ou não manchada a visita da Imagem peregrina à nossa terra com esta situação? - A meu ver ficou bastante, com esta situação e com o temporal que se abateu na Madeira no dia 20 de Fevereiro... Daí para cá o entusiasmo enfraqueceu.
10. O que será mais importante para a Igreja, o Direito Canónico ou o Evangelho de Jesus Cristo? Para a maioria dos cristãos é óbvia a resposta, mas para os hierarcas sedentos de poder temporal, não prece ser tão óbvio.
- São dez perguntas, mas poderíamos fazer muitas mais... Mas penso que chega para manifestar a minha indignação e denúncia perante uma situação que manifestamente está envolta num profundo desrespeito por um povo simples que reclama o direito de expressar a sua fé no espaço que é seu, porque trabalho e lutou por ele. Tirar isso ao povo é ferir a sua alma e violar um dos mais elementares direitos humanos.

16 comentários:

M Teresa Góis disse...

Na Bíblia, Deus serviu-se sempre de sinais para instruir o Seu povo. O mesmo acontece no tempo actual: as vergonhas que assolam a Igreja no comportamento desviante dos que dela fazem parte, estas "visitas" que, depois de tudo espremido nada fica, serão sinais para olharmos ao que é importante e não supérfluo.O que se passa na Ribeira Seca é mais uma vergonha, mais um sinal de desunião na Diocese. Quem me dera que o povo da Ribeira Seca ficasse (como tem estado) ao lado do seu Pároco e, na sua igreja paroquial, venerasse a Virgem Mãe sem comparecer nessa escola. A "Escola de Maria" parece que ainda não foi descoberta por Bispos, cónegos e certos padres.

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Tukakubana estou inteiramente de acordo com o diz e subscrevo na totalidade.

Autor do blog disse...

Caros amigos Tukakubana e Ângelo, agradecido pelos vossos comentários e inquietação, pena não sermos muitos mais a nos indignarmos com esta situação. Porque, Maria de Nazaré, ensina-nos a sermos profetas, mesmo que tenhamos que sofrer «as passas do Algarve». Adiante fazendo o bem.

Anónimo disse...

Caro Padre José Luis

Como paroquiano da Ribeira Seca agradeço as suas palavras de apoio a esta paroquia esquecida e abandonada pelos representantes hierarquicos da Igreja Católica da Madeira ...mas não esquecida pelo grande Lider que é DEUS e por sua mãe Maria, sendo que esta paroquia tem como padroeira Maria, com a invocação de Nossa Senhora do Amparo.
Pois é, estas 10 perguntas dificilmente terão resposta por parte da diocese, mas o povo deste humilde terra tem respostas para estas questões mas infelismente não somos ouvidos nem respeitados por aqueles que se dizem representantes de Deus . Todos nós, crentes em Deus somos os seus representantes somos as suas ovelhas e Ele o nosso pastor!
O que se está a passar nesta Madeira é uma vergonha, por aqueles, que se dizem representantes de Deus, que falam e desrespeitam esta paroquia, que andam de paroquia em paroquia com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fatima a espalhar a Sua palavra, a sua mensagem!!! mas que mensagem?? Maria é mãe de todos nós e este povo desta paroquia também são seus filhos tal como os paroquianos de qualquer paroquia da Madeira. A mensagem de Maria é para todos e não so para alguns! Vejo o nome deste paroquia ser referida por algumas pessoas como uma paroquia que não acredita em Deus e que não quer receber Maria. Como resposta digo , Deus está sempre entre nós e Maria, nossa Mãe, esta sempre conosco!
Pois é, como vi hoje nas noticias, o senhor conego Manuel Martins referir que a visita da imagem peregrina não visitará a igreja da Ribeira Seca porque esta está "indevidamente ocupada". Pois bem, esta igreja esta ocupada sim,mas não individamente. Esta igreja está ocupada pelos seus paroquianos que tem fé em Deus que é de todos e não só de alguns. Estas pessoas ocupam um espaço que é seu, construido pelo seu suor e onde todas as pessoas que a queiram visitar terão sempre as suas portas abertas, pois esta é uma CASA DE DEUS!
Aproveito para agradecer ao padre Martins Junior, homem de fé, de grande valor para esta comunidade, que sempre lutou e respeitou este povo que por estar do lado da verdade, por não andar a beijar aneis e a fazer vénias a alguns senhores (tanto da igreja como do poder civil)foi desprezado, tal como o povo desta terra que sempre o reconheceu como padre e sempre será o padre desta paróquia.
Fala-se sempre do desrespeito desta paroquia para com a diocese, mas não é referido o desrespeito da diocese para com esta paroquia pelo que se passa hoje e pelo que se passou no passado .... à 25 anos atrás, sendo eu um criança de 3 ano e não me recordando do que se passou, mas transmitido pela boca dos meus avós, país irmãos e vizinhos o que se passou a 27 de fevereiro de 1984, data que dificilmente o povo esquecerá. Com a força mititar, a diocese do funchal e poder civil desta terra ocuparam uma casa de Deus,a igreja da Ribeira Seca! Felismente Deus esteve e esta sempre do lado das suas ovelhas e passado 18 dias de ocupação deste espaço sagrado acabaram por sair, deixando marcas profundas neste povo, tendo sido muitos deles presos e levados para a esquadra de machico para interrogatório. Usaram pregos tal como foram usados para pregar Cristo na cruz, para encerrar as portas da sua casa!


Depois de tudo isto, quem está errado, o povo desta paroquia ou a diocese do funchal???

Que mal fizemos nós??

Estas duas questões nunca serão respondidas, pois o que prevalece é a falsa verdade que sai da boca dos representantres da igreja Católica Madeirense!!

Que Deus lhes perdoe porque eles não sabem o que dizem.

Paulo

Autor do blog disse...

Caro Paulo, agradeço-lhe muito o seu comentário, é o esclarecimento que faltava, porque muita gente quando ler as minhas perguntas ficará a pensar afinal quais serão as razões de tais perguntas. Por isso, o meu muito obrigado. O meu abraço a todo o povo da Paróquia da Ribeira Seca. E adiante sem imagens, mas com a verdadeira mensagem de libertação proclamada por Maria de Nazaré no seu canto o MAGNIFICAT.

M Teresa Góis disse...

Quero saudar o jovem Paulo.
São pessoas como o Paulo que podem evitar a debandada de fiéis da Igreja. Continuem ao lado do vosso Pároco - muito trabalhou e sofreu pelo seu rebanho merece agora, que a idade vai chegando, que não lhe faltem. Maria, a Mãe do Amparo e nossa Mãe, vos ajudará também.

SENTIMIENTO disse...

Una manera muy original de preguntarnos,cual es el interés de mas alto pontífice.Espero de todo corazón que pronto la situación de tu querida parroquia se recupere.Un abrazo muy fraternal querido amigo,como siempre con Sentimiento.

Autor do blog disse...

Muito agradecido caro SENTIMENTO. Também esperamos que a situação desta paróquia se resolva quanto antes, rezamos e lutamos para que tal aconteça.

Curioso e Inquieta disse...

Hola!

Que triste que no se entienden...
Si ha sido el pueblo a pagar como pueden decir que es una ocupación ilegal?
El Papa no va a visitar Portugal?

Porque no aprovechar la ocasión?

Un beso.

Autor do blog disse...

Gracias por el comentário e pela inquietación Curi-quieta, somos una isla en el meio del Atlântico, Madeira, muy pequeñinos por sinal, pero deseamos profundamente que Maria haga el milagro del entendimento, solo falta haber verdad en las conversaciones, el pueblo de Ribeira Seca lo merece de verdad. Salud

Anónimo disse...

Penso que deve haver algum mal entendido. No seu artigo aparece a palavra "povo" algumas centenas de vezes, mas o problema não é com o Povo mas com o padre suspenso. Não atirem areia aos olhos das pessoas, o povo vai continuar na Igreja e na Paróquia. Quem vai ter de sair e vai sair é o padre suspenso que está a ocupar a paróquia do outro seu colega. Um abraço, Zé.

Anónimo disse...

Quem mandou falar em nome do Povo da Ribeira Seca? Só porque há 3 ou 4 em favor do erro e da mentira não quer dizer que todos estejam no mesmo grupo. Eu sou da Ribeira Seca e os meus filhos andam na catequese oraganiza pela igreja católica e vamos com alegria receber a Imagem Peregrina na escola, na nossa paróquia. Vamos demonstrar o nosso amor. O padre Martins Júnior que nos desculpe, mas também já chegou a hora de haver mudanças. Manuel Sousa

Anónimo disse...

Como é possível o Zé Luís escrever tantas perguntas? Já devia ter sido posto fora das suas paróquias. Vamos ter um outro Martins no Funchal. Quem olha para SJosé e São Roque vai encontrar uma revolução da cristandade? Vai encontrar algo diferente das outras paróquias? Nao. Vai encontrar um tirano que diz ser tolerante. Vai encontrar mais caridade social e atenção para com o Povo? Não. Vai encontrar uma pessoa cheia de si e a afastar catequistas, os coros e todos os fiéis. Nao me interessa senão publica isto, pelo menos vai ler. Deus o perdoe. Um ex paroquiano, Justino.

Autor do blog disse...

Justino, obrigado pelo seu comentário e obrigado também por invocar o perdão de Deus para mim, é sempre muito bom vários a fazerem esse pedido, chegamos mais depressa até lá. Quanto ao que se vai passando nas paróquias onde estou tem todo o direito de pensar e expressar tudo o que muito bem entender, mas deveria procurar saber melhor a verdade sobre as coisas, porque a ignorância é muito atrevida como se vê no seu comentário. Quanto à minha presença nestas paróquias, se for para sair amanhã, digo não porque quero sair hoje, basta a quem de direito me comunicar isso. Fique bem.

HFernandes disse...

Afinal tudo isto continua sendo um "problema" porque está em causa o Sr. Padre Martins Junior. Mas a Diocese não resolve esta questão porque não sabe como saír dela. Inventou este problema por pressão de estranhos. Mas foi só o P.Martins Junior que seguiu a via política para defender o povo ? Sabemos que não, outros fizeram o mesmo, mas o que lhes aconteceu ? Nada, porque nada deveria ter acontecido a nenhum deles. O P. Martins Junior era o mais incómodo....
Penso que este não é um problema do P.Martins Junior mas sim da Diocese, que o inventou e por isso tem que o resolver. Mas a vítima não poderá ser, de forma alguma, a população da paróquia da Ribeira Seca.
De verdade fico pasmado com a posição do Sr. Cónego Manuel Martins a respeito desta situação. Será que ele já pensou que a posição que assume é tudo menos fraterna e de paz. Sr. Cónego, assim só vai aumentar o problema afastando mais e mais os paroquianos da Ribeira Seca. Olhe que o Sr. P. Martins Junior já tem referido públicamente, por várias vezes, que deseja resolver de uma vez por todas a situação da sua paróquia. Afinal quem quer a guerra ? Deus não é, de certeza....

Autor do blog disse...

Caro HFernandes, muito agradecido pelo seu comentário. Primeiro, porque não se esconde no anonimato nem em nomes falsos, e segundo, porque coloca o problema onde deve ser colocado sem ataques pessoais contra ninguém. O problema Ribeira Seca não é o P. Martins Júnior, essa é outra questão, que pode ser resolvida numa penada se existir vontade. O problema é esse mesmo, há uma paróquia na Madeira onde o bispo títular da Madeira não vai. Porquê?