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sábado, 24 de abril de 2010

A Mosca no Prato

Nota da redacção: Com a devida vénia. Perante esta barbariade e excesso de zelo diria o diácono Remédios: «Não havia necessidade...»
Mário Tavares
in Cartas do Leitor do Diário de Notícias do Funchal. Data: 24-04-2010
É de um valor extraordinário tudo quanto se tem feito em favor das vítimas da aluvião de 20 de Fevereiro último e da recuperação de todas as áreas atingidas, uma generosidade tamanha e uma inquietação quase universal.
Depois surgiu o abate dos animais nas serras da Serra de Água a mando do zelo pelo cumprimento da lei, animais libertados dos horrores da aluvião. Foi a mosca no prato. Este pequeno acontecimento tem incomodado tanto!... Foi um contra-senso absoluto perante um humanismo tão elevado e tão vivo, bem merecedor de um monumento. Se os animais fossem pertença do senhor Rocha da Silva, teriam sido abatidos?
Depois surgem em defesa do autoritarismo as declarações da subserviência política, explicitando bem como funcionam muitos serviços do poder. Numa expansão de libertação e alegria fez-se "o 25 de Abril" para humanizar o Governo e a Nação. Mas, nestes 36 anos de progressão e marcha atrás, têm sido os interesses "quem mais ordena". Esta mosca no prato não foi um simples acidente.
Uma palavra de apreço aos senhores Presidente da Câmara da Ribeira Brava e Presidente da Junta de Freguesia da Serra de Água. Souberam colocar-se em oposição e de pé. Bem hajam.

4 comentários:

Amélia Ribeiro disse...

Olá José Luis!

Depois disto... só me resta assinar por baixo, se me permite...

Um beijo e bom fim de semana.

M Teresa Góis disse...

Claro que este abate foi um acto de barbárie! O que eu temo é que, para esconder este e para que o Povo não se levante, não andem já os donos das serras da Ma(ma)deira à procura de gado para abater,...como exemplo.
Como dizia o nosso Camilo: "é uma corja!"

laureana silva disse...

É uma tristeza! Parece que vamos de mal apior. Para mim o 25 de Abril não me diz rigorosamente nada. Era muito jovem e fomos apanhados como tantos outros pela famigerada descolonização comunista.Milhares pessoas ficaram sem nada e tiveram de começar do nada, e ainda carregar com o estigma de retornados. Velam agora 35 anos passados, como está o nosso País e a tendência é para pior e não melhor. Lamento não poder dizer coisas bonitas, mas digo com toda a frontalidade que me causa desgosto, no que tornaram o meu País.
Maria

Autor do blog disse...

Cara Maria, obrigado pelo seu comentário, gostei muito. Só em relação a este dia, digo que gosto muito dele e a conquista da liberdade foi um grand e bem para o nosso país e não há-de ser esta tristeza de sociedade que temos que vai ofuscar a simpatia que tenho por este dia, pela Revolução e pela liberdade. Perante as desgraças que vivemos, acho que temos que nos fortalecer aind amais para lutarmos e ensinar aos mais jovens o que é e a importância que tem sermos livres. Liberdade com responsabilidade e pensarmos que a nossa liberdade acaba quando começa a liberdade dos outros. Tudo de bom para si.