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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Depois da morte, sempre emerge a vida

Depois das queimadas as chuvas
Fazem as plantas vir à tona
Labaredas vegetais e vulcânicas
Verdes como o fogo
Rapidamente descem em crateras concisas
E seiva
E derramam o perfume como lava
...
E se quiséssemos queimar animais de grande porte
Eles não regressariam. Mas a morte
Das plantas é a sua infância
Nova. Os caules levantam-se
Cheios de crias recentes
...
Também os corações dos homens ardem
Bebem vinho, leite e água e não apagam
O amor
Daniel Faria, Explicação das Árvores e de Outros Animais, Fundação Manuel Leão, 2ª ed., 2002, p.7
Nota: o título é do autor do blog.

2 comentários:

M Teresa Góis disse...

o fogo, mesmo se de origem criminosa, é um eterno purificador.
Seja o Fogo-Elemento, seja qualquer "fogo" que arda não na Mãe Natureza mas na Natureza Humana. Purifica e recria, gera a fénix...

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre Jo´se Luís já dizia Camões"Amor é fogo que arde...." Já S.Francisco dizia que forte o fogo robusto, violento. Aniximandro o filósfo do fogo da tal Escola Jónica (ar, àgua e fogo) Tales de Mileto e Aniximedres. Já não dou isso há de 40 anos. E o fogo que temops dentro de nós que nos consome por causa desta economia globalizada. Ninguém tem resposta para isto nem os prémios nóbeis.Estou muito assustado com este fogo