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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mais se espera do Papa Bento XVI

1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra o Sida, foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Sida. Este ano ganha um significado especial. A declaração do Papa veio dar actualidade a esta tragédia silenciosa, que consome grande parte da humanidade.
E porque estamos precisamente no dia em causa, vou dar mais uma achega sobre o pronunciamento do Papa Bento XVI relativamente ao uso do preservativo nas relações sexuais de risco.
Pela primeira vez na história um Papa admitiu a utilização do preservativo «para reduzir» «em certos casos» «os riscos de contaminação» do vírus da sida. Está no livro «Luz do Mundo» (uma grande entrevista do Papa Bento XVI, concedida ao jornalista alemão Peter Seewald).
Eis a hora de fazer jus ao Evangelho: «O Homem não é para o Sábado, mas o Sábado para o Homem». Porque não ir adiante e rever questões e posições oficiais da Igreja Católica que tanto mal-estar provocam à humanidade de hoje e que contribuem para o afastamento de tantos fiéis da Igreja. Penso, que seria oportuno reflectir tudo o que engendrou a encíclica Humanae Vitae (ano de 1968). Já passaram 40 anos sobre este texto sobre a posição da Igreja no que diz respeito ao Aborto (as questões sobre a vida) e a sexualidade (proíbe todas as formas de contracepção, excluindo a natural).
Agora reparem no sobressalto que esta posição do Papa provocou nalguma hierarquia da Igreja e repare-se no silêncio ensurdecedor que se está a viver. Ninguém quer dizer nada, ora porque estão envergonhados perante o mundo ora porque se sentem traídos pelo Papa.
Mas, adiante. Daqui advém uma série de assuntos que mereciam serem repensados e com coragem assumir-se uma postura mais de acordo com o pensar dos homens e mulheres deste tempo. Assuntos pendentes: a lei do celibato, que defeniria quem é quem nesta Igreja que fez transparecer para o mundo nos últimos tempos a macha horrenda da pedofilia (em percentagem elevada de homossexualismo depravado/criminoso); os homossexuais sérios, que «merecem respeito« e «não devem ser rejeitados por causa disso» (utilizando termos do Papa), mas será preciso ir mais longe; chamar à comunhão os divorciados e recasados; acolher os padres casados como a Igreja está a fazer com os que vêm do protestantismo; dar espaço às mulheres no que concerne à vida sacramental da Igreja (não se compreende que os machos recebam sete sacramentos e à humanidade feminina lhe esteja vedado um sacramento, o da Ordem). Neste sentido ecoa a mensagem Paulina que neste âmbito se reforça profundamente no contexto actual: «já não há judeu nem grego, nem senhor nem escravo, nem homem nem mulher, pois todos são um só em Cristo» (Gál 3, 27-28). Por aqui se espera que o grande anúncio do Evangelho radique hoje na sua principal razão de ser, a fraternidade. Se tudo partir de forma exemplar a partir da hierarquia da Igreja Católica, tornar-se-á mais fácil e convincente esse anúncio.
JLR
Imagem em: fotodependente.com

5 comentários:

Gabriel silva. disse...

olha como todo respeito mais como o Sr. pode dizer que é hora da Igreja rever sua posição oficial, e olha a declaração do Santo Padre não foi uma declaração em nome da Igreja como sendo dogmatica, ele pode expressar sua posição pessoal, e mesmo sendo da Santa Igreja ele não admitiu em todos os casos, leia o texto junto ao contexto.
abraço Mariano

José Luís Rodrigues disse...

Cara amiga e irmã Gabriela,

Viva. Obrigado pela visita e pelo comentário. Gostei muito da sua opinião.
Olho com todo o respeito para a «nossa» Igreja e para o «nosso» Papa Bento XVI e porque guardo em mim esse sentimento tão nobre mais espero deste Papa, para que a Igreja não seja mais olhada com tanta antipatia nem seja tantas vezes notícia só por coisas negativas. É o amor à Igreja que me leva a sonhar e esperar mais de quem tem mais responsabilidade na Igreja.
Cuidado, a opinião do Papa em qualquer circunstância é sempre a opinião de um Papa e com isso compromete toda a Igreja. Não refiro no meu texto palavras do Papa fora de contexto. Não li ainda o livro do Papa por inteiro, mas uma grande parte já está lida.

Tudo de bom e seja feliz. Abraço

Gabriel silva. disse...

só corrigindo uma coisa, é Gabriel e não Gabriela, sambemos nós que a midia nunca procurou mostrar os santos da Igreja, nunca procurou mostrar o quão grande a Igreja é importante para o mundo, mais ela mostra sim casos isolados e isso me deixa muito triste, ver falando de casos de pedofilia e outros que sejam feitos por parte do clero, mais não podemos generalizar, pois sabemos que quando um sacerdote, bispo ou leigo quando não está em obediencia a Santa Igreja ela faz as mais estupidas coisas e diz que faz em nome da Igreja, e outra coisa quando eu falei que o Papa não falou em nome da Igreja, eu quis falar que ele não falou como proclamando um dogma ou posição oficial da Igreja, pois ele não disse agora a Igreja libera a camisinha, mais ele falou em casos isolados e em ultimo caso, em todo caso respeito seu ponto de vista, porém não é fazendo o que o mundo quer, é que eles vão parar de falar mal e de mostrar apenas casos isolados de parte do clero.
agora eu lembro da vida dos santos e digo como Santa Catarina de Sena se não me engano " O espirito das cruzadas inflama dentro de mim, morreria com prazer em um campo de batalha de amor pela Igreja", e desde já lhe convido a visitar meu blog
http://docecristo.blogspot.com

José Luís Rodrigues disse...

As minhas sinceras desculpas pela troca de nome e de sexos. Tudo de bom.

Gabriel silva. disse...

sem nenhum problema apenas corrigi mesmo
grande abraço e sua benção