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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

«O senhor fez em mim Maravilhas» (Lc 1, 49)

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Como te amo, Maria, quando te dizes serva
do Deus que conquistaste pela tua humildade (Lc 1, 38),
tornou-te omnipotente essa virtude oculta.
Trouxe ao teu coração a Santíssima Trindade
e quando o Espírito de Amor te cobriu com a Sua sombra (Lc 1, 35),
o Filho, igual ao Pai, em ti encarnou.
Inúmeros serão os Seus irmãos pecadores,
Uma vez que Jesus é o teu primogénito! (Lc 2, 7)
..
Ó Mãe muito amada, apesar da minha pequenez,
trago em mim, como tu, o Todo-Poderoso,
mas não tremo ao ver em mim tanta fraqueza.
Os tesouros da Mãe pertencem aos filhos
e eu sou tua filha, ó Mãe querida.
As tuas virtudes e o teu amor não me pertencerão também?
E quando ao meu coração chega a Hóstia santa,
Jesus, teu suave Cordeiro, crê repousar em ti!
...
Fazes-me sentir que não é impossível
seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,
porque tornaste o trilho do céu visível,
vivendo cada dia as mais humildes virtudes.
A teu lado, Maria, gosto de ser pequena
para ver como são vãs as grandezas do mundo.
Ao ver-te visitar a casa de Isabel,
aprendo a praticar uma caridade ardente.
....
Aí escuto arrebatada, doce Rainha dos anjos,
o canto sagrado que jorrou do teu peito (Lc 1, 46 ss.);
ensinas-me a cantar os divinos louvores
e a gloriar-me em Jesus, meu Salvador.
Tuas palavras de amor são rosas místicas
que perfumarão os séculos vindouros.
Em ti, o Todo-Poderoso fez maravilhas,
desejo meditá-las a fim de delas usufruir.
Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja Poema «Porque Te amo, ó Maria», estrofes 4-7 (OC, Cerf DDB 1992, p.751)

2 comentários:

M Teresa Góis disse...

é uma tremenda pena e uma redução de ideal natalício quando não se aproveita os textos que a Escritura nos oferece, neste tempo preparatório, e se inventa "patois" relacionado com "um" ideal paroquial, que não existe, deitando no lixo figuras como Isaías, Isabel, Maria... Será porque não sabem transmitir a Escritura? Ainda à dias ouvia o Padre dizer:"a paróquia vive-se cá dentro, da porta para fora é diferente...." Eu acho exactamente o contrário!

José Luís Rodrigues disse...

Cara amiga Tukakubana, como vejo alguma tristeza por detrás das suas palavras. Tem toda a razão, porquê inventar-se uns temas meios fêbra meios gordura para encher chouriços. Uma pena que se discure e menospreza toda esta Liturgia tão rica e bela que o Advento nos propõe para prepararmos o Natal do Senhor. O verbo encher desta Diocese inventou uns temas, como diz e bem, anacrónicos e fora da realidade paroquial actual. Parabéns pelo seu desabafo. Não se entristeza com isto. Mais coisas as sotainas farão surgir para nos divertirmos.