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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

«Não temais»

cf. Lc 12,1-7
A verdadeira razão pela qual nem sempre és bem sucedido na tua meditação é esta – e não me engano! Começas a tua meditação na agitação e na ansiedade. Isso é o suficiente para que não obtenhas nunca o que procuras, porque o teu espírito não está concentrado na verdade que meditas e não há amor no teu coração. Esta ansiedade é ineficaz, não retiras dela senão uma grande fadiga espiritual e uma certa frieza da alma, sobretudo ao nível afectivo. Não conheço para isso senão um remédio, que é este: abandonares essa ansiedade, que é um dos maiores obstáculos à prática religiosa e à vida de oração. Ela faz-nos correr para nos fazer tropeçar.
Não quero evidentemente dispensar-te da meditação simplesmente porque te parece que não retiras dela nenhum benefício. À medida que fizeres vazio em ti, que te desembaraçares desse apego por meio da humildade, o Senhor te dará o dom da oração que guarda na Sua mão direita.
Santo [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968), Capuchinho, Ep 979-98

4 comentários:

M Teresa Góis disse...

Este Santo homem tem razão. Mas é cada vez mais difícil fazer silêncio, interioriza-lo, ignorar os atropelos dos "pseudo donos" da Igreja e passar indiferente a essas atitudes. Às vezes, e quando ouço esses atropelos pregados em none de Deus, penso quão é preferível fazer silêncio e mantê-lo, durante esses minutos.

José Luís Rodrigues disse...

Tukakubana, perdeu-se na Igreja e em todo lado a importância do silêncio, para fazer falar Deus, que não acontece nem fala no ruído folclórico em que deixamos a vida espiritual mergulhar.

Porque morrem as palavras? disse...

Sábias palavras.
O mundo tem fome de silêncio, mas uma grande nuvem abafa com seu ruído as famílias, que raramente comem juntas, que, geralmente, vestem a solidão da ansiedade do possuir.
Como é bom sentar-se numa igreja, num canto do jardim, no sofá da nossa sala, apagar a caixa das más notícias e olhar o silêncio que se estende pelos montes, ou embarcar no azul do mar.
Temos tempo para tudo, mas esquecemos de nós. Esquecemos de viver!
Um bom ano de 2011, cheio de silêncios e brisas de mudança.

José Luís Rodrigues disse...

Caro Jortas, muito agradecido pelo seu interessante comentário. O silêncio é um alimento que o mundo não devia desprezar tanto. Vamos todos anunciá-lo e dar-lhe mais lugar e vez nas nossas acções. Bom ano de 2011 também para si e os seus familiares.