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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ser simples

Ser simples
é regressar às fontes da festa permanente, reconquistar a espontaneidade perdida…
É simples aquele que vive normalmente a nível de plena intimidade
e o oferece com delicadeza como aquele que nada faz.
Não se é simples de uma vez para sempre:
é um processo que nunca termina.
Pondo o eu à frente do tu,
a simplicidade tornar-se-á impossível.
O simples não é quem problematiza mais a existência
mas sim quem sabe encontrar para cada problema a sua solução
e, normalmente, a mais simples.
Quem quiser ser simples não dê ouvidos à maldade
e comece por pensar bem de toda a gente;
não ponha em jogo os mecanismos obscuros
de aspirar a ser poderoso;
comece a semear confiança e simpatia à sua volta.
Os simples são aqueles a quem a vida sorri
porque sabem sorrir à vida.
Simples é aquele de quem se sente falta quando não está
porque deixa um vazio.
Ser simples é apostar forte na bondade e no respeito,
no bem que se pode fazer e está ao alcance.
Ser simples quer dizer não pactuar com fraudes
não esconder nada na manga,
fazer com que as palavras saiam do íntimo.
Ser simples é saber ganhar com a mesma atitude
com que se sabe perder.
É simples quem sabe equilibrar a capacidade de aceitação
com a capacidade de espera.
O simples sabe desfrutar do gosto natural e próprio
que tem cada coisa e cada pessoa.
Sabe viver o presente com tranquilidade.
(Jaume Borrás)

3 comentários:

M. disse...

Mais um que não conhecia. Ainda bem. Soube-me bem ler isto agora:)

Ser simples é das coisas mais complicadas que há...quase um ponte de chegada na nosa evolução.

Ser complicado? Nada de especial...embora hoje está na moda afirma-lo se-lo:(

José Luís Rodrigues disse...

Ainda bem que lhe fez bem este texto amiga M.. Também o considero muito bonito e desafiante para todos nós. Grato pelo seu contributo.

M Teresa Góis disse...

Moral da história: ser Simples não é impossível mas é difícil!