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segunda-feira, 14 de março de 2011

O tempo...

O tempo desvela uma presença distante
O tempo encontra a renovação sublime em cada dia
O tempo refaz a cinza do fogo que se ergueu da chama
O tempo branqueia o verde da esperança
O tempo ergue colunas de frio nos montes
O tempo derrete o cinzento da tristeza
O tempo volta não volta monta o brilho do transcendente
O tempo destaca os montes e os vales nas águas cristalinas
O tempo converte chuva em flocos de amor
O tempo faz chegar a hora da libertação
O tempo em festa abraça o perdão
O tempo engravida o esquecimento
O tempo pariu na relação da amizade o nunca mais
O tempo dá o futuro mesmo quando o presente cala fundo
O tempo chega mesmo que a vontade não queira a realidade
O tempo já fez tudo o que o pensamento não permitiu
O tempo escuta toda a surdez do mundo
O tempo desvela o mistério escondido na noite
O tempo faz a festa da esperança quando a perdição fala alto
O tempo mostra o escondido no aterro do ódio
O tempo não sabe guardar para sempre a palavra não
O tempo rega a terra seca da fome
O tempo abre trilhos onde a natureza se féz agreste
O tempo faz do sonho a realidade aqui e agora
O tempo verte o bem nas ruas da tristeza
O tempo ensina a verdade das coisas
O tempo chegou antes da hora esquecida
O tempo converteu em graça a desgraça
O tempo brilhou no olhar da vida para sempre
O tempo chegou para alegria da festa.
JLR

2 comentários:

M Teresa Góis disse...

Mestre da Sabedoria, do ensino, da aprendizagem....o TEMPO! Tudo se constrói e se esvai, onde o sonho se dilui, onde se cresce sem dar por isso. Gostei da sua reflexão.

José Luís Rodrigues disse...

Muito agradecido... Remontando a Aristóteles, o Tempo: «é o número do movimento segundo o antes e o depois». Tenho aprendido que do antes reza a história, para o depois deixo balançar a esperança, aí descobri o sentido da vida.