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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um engano chamado microcrédito

O programa «Toda a Verdade» da Sic-Notícias, denunciou que o microcrédito ou o microfinanciamento dos bancos vocacionados para este fim, não passa de uma grande fraude.
Lembram-se que o Comité Nobel da Noruega decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz em 2006 a Muhammad Yunus e ao Banco Grameen? – É verdade, assim foi.
Este banco muito preocupado com a libertação dos pobres e empenhado no combate à erradicação da pobreza, segue os mesmos esquemas de pressão e extorsão dos bens dos pobres para que cumpram escrupulosamente semana a semana as prestações dos beneméritos créditos que lhes são concedidos. Agora percebo como o microcrédito não passa de um chorudo negócio e mais um esquema louco de exploração dos pobres.
O esquema é simples, o banco concede um crédito de 70, 80, 100 ou 150 dólares a 30, 40, 50 até 125% de juros e as prestações começam na semana seguinte ao recebimento do empréstimo. Obviamente, que nenhum investimento começa a render o suficiente após uma semana, se o crédito for para aplicar em qualquer ramo de comércio.
Outros são aplicados em melhores condições de vida para as famílias. Uma casa nova, melhoria dos materiais de pequenas empresas familiares e etc. Bom tendo em conta que a pobreza não rende, que se saiba nunca deu lucros para quem está medito nela, fica enrascado e não pode pagar a acordada prestação feita à cegas. Aqui começam as pressões, as ameaças e a violência. As famílias indefesas fazem de tudo para cumprir com os seus deveres, pedem mais dinheiro, vendem os seus parcos haveres, desagregam-se… Isto é, empobrecem ainda mais. Alguns suicidam-se ou prostituem-se. Estamos perante uma fraude contra os pobres legitimada por uma grande parte das autoridades mundiais.
Este lado negro do microcrédito também é preenchido por negociatas e por desvios de verbas astronómicas aplicadas de forma obscura para fugir aos impostos devidos nos estados onde são montados tais esquemas. Ao abrigo da caridade e do generoso combate à pobreza conduz as autoridades a uma cegueira perigosa que legitima fuga aos impostos e artimanhas terríveis que ao invés de combater a pobreza, gera uma multidão de miseráveis arrependidos de terem sido ludibriados com dinheiro fácil que depois se revela um terrível tormento difícil de saírem dele.
Obviamente, que não podemos negar os imensos casos de sucesso do microcrédito, mas não podemos também deixar de reflectir sobre este lado negro que tal mecanismo bancário oferece. Os pobres enganados, totalmente desamparados, na sua maioria analfabetos, assinam sem que ninguém lhes leia as directrizes do acordo bancário. A conclusão que se tira é esta, o microcrédito não passa de um grave engano contra os pobres, porque não os livra da situação de pobreza, mas enrodilhados nas artimanhas de quem pretende unicamente fazer negócio, acabam no caminho da pobreza extrema.
Assim anda o mundo que Deus criou para o bem de todos, mas tomado de assalto por alguns beneficia esses tais com todas as mordomias e com chorudos lucros à custa da miséria de populações inteiras. Caridade desta o mundo não precisa. Que grande desilusão foi para mim o microcrédito ou o microfinanciamento apregoado pelos ricos deste mundo. Esta caridade e interesse em relação à erradicação da pobreza, acho, que todos os pobres dispensam em absoluto.
JLR
Imagem: o Inimigo Público

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