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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Comentário à Missa do Próximo Domingo

Domingo XV Tempo Comum
10 de Julho de 2011
A Palavra de Deus
A Liturgia deste Domingo, apresenta-nos uma mensagem sobre a Palavra de Deus.
Somos convidados a pensar sobre a Palavra de Deus. Que importância lhe damos? Que estudo fazemos dela e quais as formas que escolhemos para a estudar? A Palavra de Deus, é o centro da minha religiosidade? Procuro esclarecer a fé na Palavra que me é anunciada? Ponho em prática a Palavra de Deus, como se fosse uma luz que inspira todo o meu viver? - Estas são apenas algumas das questões que podemos colocar diante da mensagem Bíblica sobre a Palavra que as leituras deste Domingo nos apresentam.
São abundantes as metáforas sobre a Palavra de Deus, lembremos Jeremias que compara a Palavra ao fogo e ao martelo. O autor de Heb recorre à ideia da «espada de dois gumes». Isaías inspira-se no mundo rural, um camponês que se inquieta perante a terra árida, nada mais deseja e ama do que a chuva, início e condição para o ciclo da vida. À Palavra de Deus, o profeta dá-lhe tal importância que nos faz pensar Naquele que é a Palavra plena, definitiva, criadora de Deus, Jesus Cristo.
A nossa vida está cheia de exemplos de práticas de instrumentalização da Palavra de Deus. São muitas as pessoas, ditas de muito crentes, que não seguem a Palavra de Deus, mas antes a palavra dos homens. São muitos os que não se guiam pela luz da Palavra Divina, mas pela doçura das palavras de alguns, os idolatrados pelos interesses deste mundo.
São Paulo ensina que a Palavra de Deus não se deixa encadear, mas pela força do Espírito Santo, corre veloz como uma gazela e é penetrante como uma espada de dois gumes. Por isso, não deixemos que nenhuma lógica deste mundo, nem nenhuma divisão da vida, nem nenhum interesse material, nem nenhuma palavra, por mais doce que seja, nos desviar o coração da verdade que a Palavra de Deus nos transmite. Quando nos guiamos pela Palavra de Deus, nada nos desvia do caminho que Jesus traçou para nós. Aconteça o que acontecer, estamos seguros na rocha firme que é a Palavra Divina inspirada por Deus.
Nesta passagem belíssima da carta aos Romanos, São Paulo contempla o processo cósmico da redenção e divinização da humanidade. Se por um lado, a miséria do pecado votou a humanidade à corrupção e à morte, por outro, surgiu a humanidade nova, que em Jesus Cristo recebeu pela acção do Espírito Santo uma nova esperança na glória de Deus e a certeza que se encontra agora divinizada, embora ainda não totalmente, daí as contingências e limitações que sofremos neste mundo («…toda a criatura geme ainda agora…», diz São Paulo), porém, estamos já expectantes até ao dia em que alcançaremos definitivamente a glória e a divinização em plenitude.
No entanto, a Palavra de Deus, deve ser bem interpretada, e melhor do que a interpretar é preciso reza-La, porque a Palavra de Deus se serve para nos guiar para a vida plena, também quando mal digerida serve para cometer as piores atrocidades. O nosso tempo está cheio de exemplos de más condutas baseadas na Palavra de Deus. O fundamentalismo é um sinal muito negativo disso mesmo. A Palavra de Deus se for acolhida com verdade e honestidade todos os dias recria-nos sempre para o amor, para a felicidade e para o bem de todos. O coração humano é a boa terra onde Deus semeia a mensagem da felicidade, sejamos bons «agricultores» dessa terra que nos foi dado com todo amor.
JLR

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