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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jesus ao partir do pão

Comentário à Missa do próximo domingo
III Páscoa, 22 de Abril de 2012
O calor da presença de Jesus ressuscitado é uma realidade testemunhada pelos discípulos de Emaús, que nos reconforta também e que nos faz sentir que essa presença é muito importante para enfrentar todas as caminhadas da vida neste mundo repleto de contrariedade e perplexidades. O calor da Ressurreição faz arder o coração de alegria, porque não se sente desamparado nem à margem do amor de Deus. Deus aí está e diz-nos: "Tocai-Me e vede…". Eis o melhor que se pode ouvir e sentir do ressuscitado.
Perante esta constante paixão amorosa de Deus por nós, não pode haver medos nem desconhecimentos, que possam eventualmente travar o acolhimento desta proposta que nos torna grandes diante do amor compassivo de Deus-Pai-Mãe, revelado por Jesus Cristo.
Na Eucaristia, Jesus senta-se à mesa, pega no pão, parte o pão e entrega o pão para todos como sinal do Seu Corpo glorioso. Não podemos temer esta entrega e esta disponibilidade para o banquete, porque aí descobrimos Cristo totalmente entregue à causa de salvação designada por Deus-Pai-Mãe, que nos defende e nos protege com o Seu amor infinito e incondicional.
Somos hoje, também chamados pelo nosso nome a tomar parte nesta festa de amor e de vida. Os tormentos dos caminhos da vida, nada são diante desta maravilha que Jesus nos oferece. Como venceríamos o desgosto das caminhadas sem sucesso que muitas vezes encetamos pela vida fora? - Só com a força de Jesus que é alimento eucarístico entregue sobre o que somos e temos. E só nessa entrega podemos encontrar sentido para os altos e baixos deste mundo.
A comunidade que se reúne à volta do altar da Eucaristia descobre-se a si mesma como corpo vivo de Cristo presente na história e descobre também a mediação do Espírito Santo como razão de ser da convocação que Cristo faz todas as vezes que a possibilidade do encontro se manifesta.
Dentro da comunidade cada um descobre a sua vocação ou a sua capacidade de doação aos outros. A comum união fraterna que Cristo deseja e para a qual nos chama em todos os momentos, só é possível mediante a disponibilidade do coração para o acolhimento da fé. Não há outra forma de descobrir Cristo vivo nem há outra forma de salvação.
Ninguém se salva sozinho. Só na comunidade à volta da mesa do pão e do vinho se pode encontrar a possibilidade da redenção, porque Cristo ressuscitado manifesta-se de forma plena na comunidade reunida. Que todos sejam capazes de abrir a sua existência à Palavra do Amor que Cristo nos dirige. Não se encontra o verdadeiro sentido da vida fora de Jesus ressuscitado. E a verdadeira vida só é possível quando todos os homens e mulheres, como irmãos, se juntarem à volta da mesa do banquete que Cristo nos prepara. O comensal do amor de Deus para todos sem excepção. Vinde à mesa da festa da vida.
José Luís Rodrigues

2 comentários:

José Leite disse...

Excelente!

José Luís Rodrigues disse...

Muito obrigado amigo rouxinol de Bernardim... Muito me honra que deite atenção ao que escrevo. Abraço fraterno...