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quarta-feira, 2 de maio de 2012

A verdade vos libertará

A cultura da fachada despudorada, da imagem excessivamente diplomática e a máscara das aparências são imagens de marca de todas as instituições sociais. A política, a religião, o desporto, qualquer tipo de entretenimento e quase toda a vida social, carregam inevitavelmente a máscara da hipocrisia.
Não suporto as palavrinhas mansas de gente sem princípios que bajula só para ficar bem. Nem tolero a preguiça de pensamento que produz gente desmoralizada que não é capaz de ter opinião própria e pensamento próprio. A lógica, que não é lógica nenhuma, mas pura tontice, que gera funcionários - existe por todo o lado - que não pensam por si mesmo, é uma nova forma de escravidão que muitos chefes alimentam para terem à sua volta um bando de energúmenos desmiolados sem tino para fazer nada de jeito. Basta isto para se iludir que se tem poder e que tudo funciona.
No impacto da descoberta da obra de Sade, em 1947, Octavio Paz escreveu um poema que termina assim:

Ousa fazê-lo:
sê o arco e a flecha, a corda e o «sim»!
Sonhar é explosivo. Explode. Sê novamente um sol.
No teu castelo de diamantes, a tua imagem 
autodestrói-se, auto-refaz-se, e nunca se cansa».

(Pode ser encontrado este poema fascinante no livro da Difel que acaba de ser traduzido em português, «Mais do Que erótico: Sade»).
Só o Homem mais feliz de sempre nos pode salvar e ensinar que só existe um caminho seguro de eternidade: «A verdade vos libertará» (Jo 8, 32).
José Luís Rodrigues
(Imagem Google

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