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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

E eu Creio… (7)

E eu creio?
Olá amigos. Partilho convosco o contributo/partilha da amiga Rita Pestana, que deu largas ao seu coração e participa nesta secção do Banquete «E eu creio...». O convite mantém-se de pé para todos os que desejarem participar. Pode ser um incentivo a outros para acreditarem e reanimarem a riqueza da vida com o caminho da fé. Somos exemplo uns para os outros e a utilidade da nossa vida radica aí mesmo na capacidade que temos para partilhar o que somos e vivemos, sem isso a vida não tem sabor e servirá para pouco. Por isso, continuo a aguardar a vossa participação. Escutemos mais este contributo na palavra de Rita Pestana. Interessante a sua coragem em desvelar-nos o que sente neste momento e o quanto anseia por retomar o caminho da fé no abraço amoroso de Deus... Obrigado. 

E eu creio...

Cresci e fiz-me mulher, cidadã, profissional e mãe, acreditando que, em cada momento da minha vida e num qualquer lugar existe ALGUÉM, invisível aos meus olhos, mas que guia os meus passos e me protege. ALGUÉM mais justo e mais solidário que os humanos. Quero continuar a crer! Quero continuar a acreditar! Quero continuar a confiar!
Mas sou humana… e, como tal, tenho as minhas crises de fé. Crises que se instalam, quais crises financeiras, políticas e sociais!!! Crises que parecem ter vindo para ficar… Crises em que só me apetece gritar como Jesus, feito homem, gritou na cruz: “PAI, PAI, por que me abandonaste?”.
E acreditem que não se relacionam com os meus sucessos ou insucessos pessoais. Com as minhas realizações ou frustrações. Não… não é por aí!!! Aí, deu-me DEUS o livre arbítrio de tomar opções e assumir as suas consequências, de errar e de corrigir, de cair e levantar.
As minhas crises de fé relacionam-se com um sentimento profundo de que esse ALGUÉM em quem quero acreditar não é tão justo quanto cheguei a pensar. Não é tão benevolente quanto me fizeram crer… Não, não é!!! ELE é castigador… e quando castiga, fá-lo da forma mais cruel. Castiga-me, actuando sobre as minhas fragilidades afectivas e emocionais. Castiga-me através daquelas a quem mais amo e por quem trocaria a minha vida terrena -  as minhas filhas - . Nenhuma delas escapou àquilo que considero ser a fúria divina.
E desculpem-me o desabafo!!! Mas encontro-me em mais uma dessas crises de fé… Como se estivesse a espiar pecados de três vidas… O mundo voltou a cair sobre os meus ombros… o chão voltou a faltar-me debaixo dos pés…Pergunto: Porquê elas (as minhas filhas) e não eu??? Que mal te fizemos, meu Deus??? Pergunto mas não obtenho respostas.
Quero voltar a acreditar na misericórdia de Deus, na SUA benevolência, na SUA justiça. Preciso de, com convicção baseada na fé que, hoje, me falta, voltar a citar o Salmo 91.2 “Direi do SENHOR: ELE é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e NELE confiarei”.
Rita Pestana

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