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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Não há outro Deus senão o da festa

Mesa da palavra
Comentário à missa do próximo domingo
II Tempo Comum
Bodas de Caná - Marten De Vos
Jesus não condena o vinho, não sabemos que o tenha recusado. Nesta festa de Caná fará com que ele não falte aos exigentes convidados e mais tarde o utilizará também para o tornar com as suas santas palavras sacramento do seu sangue. O vinho é um produto bom e saudável se for bem utilizado. Os excessos não servem para nada. Por isso, o vinho quando tomado com regra ou medida não prejudica a saúde nem prejudica as famílias.
Neste sentido, também descobrimos que Jesus prefere as pessoas felizes e alegres, às pessoas sorumbáticas e caídas de tristeza. O cristão, não pode ser uma pessoa triste, mas alegre e de cabeça erguida diante dessa luz salvadora que Cristo nos revela. Nós vivemos no tempo das bodas da eternidade. A Eucaristia que celebramos é um sinal forte dessa presença. Esta é a nossa fé e a nossa esperança. Assim sendo, como pode ser possível a tristeza fazer parte da nossa caminhada?
Jesus pôs um ponto final na religião que faz de nós pessoas tristes. Quebrou a imagem gélida que fazia de Deus uma pessoa severa sempre à espreita a ver quando falhamos para nos castigar com a maior punição possível. Deus era sério de mais, muito sisudo e sem abertura para o humor como se fosse o maior dos tiranos que exige temor e respeito sem piedade nenhuma.
Jesus não esteve com meias medidas e quebrou o jugo das leis que causam cansaço e oprimem. A sua vida histórica, no que se refere ao anúncio do Reino, será uma constante denúncia de tudo o que seja opressão da pessoa humana.
É preciso pôr um ponto final em tudo o que provoque angústias, preocupações e sofrimentos interiores desnecessários. Porque Jesus convoca-nos para a alegria e para a felicidade. E não encontramos em nenhum momento no Evangelho apelos que se reduzem a proibições, normas e ameaças de castigos.
O vinho que Cristo serve a partir da água é o melhor vinho da festa, tem sabor e alegra aqueles que o tomam. Sejamos também servidores deste vinho puro e bom que recolhemos da mesa do banquete de Cristo. E chega de sermos servidores de vinho azedo, que faz causar náuseas a muitos irmãos nossos. 

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