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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A transfiguração de Jesus o que representa para nós?

Mesa da palavra
Comentário à Missa do próximo domingo
II Domingo da Quaresma
A transfiguração. Vamos ao encontro de alguns aspectos particulares que o texto de Lucas nos apresenta sobre este assunto. Primeiro, «Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago...», do grupo dos Apóstolos, estes eram os principais amigos de Jesus e destacam-se na sua intimidade. Hoje, à maneira desta ocasião Jesus, toma consigo cada um dos seus irmãos e mostra como o silêncio e a oração, continuam a ser os principais caminhos eficazes de intimidade com Deus Pai. E aí revela-nos plenamente qual a vontade do Pai. Parece irreal, mas também é possível escutar hoje nesse lugar da oração e do silêncio a voz do Pai, que nos mostra o rosto «refulgente» do Seu Filho muito amado, que veio ao nosso encontro para nos salvar da morte ou da perdição eterna.
A oração e o silêncio transfiguram Jesus, para que a voz de Deus se fizesse ouvir mais uma vez: ''Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O", O sinal da presença de Deus é muito evidente e mostra a predilecção amorosa pelo Seu Filho que é este mesmo que se faz rosto visível diante da humanidade. 
Hoje, Jesus toma consigo cada um de nós e leva-nos ao monte da vida e mostra-nos também a voz misericordiosa de Deus Pai, que nos revela como é importante escutar a voz do Seu Filho, presente na existência humana em todos os tempos e lugares da história. À maneira de Jesus todos necessitamos de transfiguração. Mas de uma verdadeira transfiguração do coração que nos leve a assumir atitudes de justiça e de amor perante os nossos irmãos. Estamos no tempo em que os pobres e os sem sorte devem encontrar solidariedade, amizade para que a presença de Deus se faça sentir aí no lugar da tristeza e do desamparo da vida deste mundo pela nossa ação. 
Os soberbos de coração, precisam de transfigurar-se para a eficácia do perdão e da humildade. Os mentirosos, necessitam de converter essa propensão para a verdade das palavras, das atitudes e dos gestos. Os que vivem mediante a violência dos actos e das palavras, precisam de transfigurar essa tendência desumana para a autenticidade do diálogo e da paz como únicos caminhos que nos movem para a luz da salvação. Só esta transformação dará sentido à vida e fará do nosso mundo o lugar da paz e porque está lá bem presente a fraternidade. 

2 comentários:

Algodão Tão Doce disse...

Acabei de conhecer o seu blog e achei maravilhoso. Me visite:http://algodaotaodoce.blogspot.com.br/
Siga-me e pegue o meu selinho!!!

Obrigada.

Beijos Marie.

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José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luis, Amigo e Irmão, só em Deus em que encontramos o prefixo "Trans". Transfigurar é caminhar para Ele. E tal como dizia Antero,creio, que inspirado em Santo Agostinho (que grande Santo!), "o meu coração só repousará em TI,SENHOR.". Realmente, estou de acordo csg, o nosso coração petrificado pelas mazelas da vida só será de carne e de espírito quando a Oração fôr um aditivo à Acção. Orar não é alienar, nem fugir dos problemas do mundo mesmo os do "hic et nunc". Não é uma "ab-rogação".Transfigurar, mudar a nossa figura através de uma conversão inteligente e criativa. Que não seja uma capa ou excrescência de uma "velha" personalidade. Um ser renovado, arejado para limpar os pós das ventanias que o nosso tempo impõe e propõe. Votos que o novo Papa e toda a Igreja se transfiguere e acompanhe Jesus o Unico que faz essa peregrinante e difícil caminhada. Ser cristão é um desafio constante e interpelante. Jesus não nos deixa acomodar nas nossas "certezas".Ele está mais próximo de nós nas nossas "dúvidas" e tormentos que temos no dia-a-dia. Vem, Senhor Jesus, ajuda-nos a fazer-nos ao caminho, tal como nos diz o grande poeta castelhano , António Machado.