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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Precisamos de sangue novo


O ano passado foram realizados na Madeira, legalmente e em condições, dizem, «condignas» 258 abortos (alguns estão felizes porque baixou em relação a anos anteriores).
Penso assim, seriam mais 258 crianças que embelezavam a nossa terra, brincavam e faziam rir esta população envelhecida, deprimida e triste. Melhor ainda seria, porque garantiam um futuro mais jovem na nossa terra perante uma sociedade de velhos, que perante a memória que deixam se vêm tomados pela tristeza porque não encontram sangue novo que continue a sua obra.
Mas, a política que legitimamos não está voltada para a promoção da natalidade e para os cuidados das pessoas desde a concepção até à morte. Por isso, esta tragédia silenciosa e legitimada pela lei. Mais grave ainda, a meu ver é o seguinte, choca-me a duplicidade de critérios que a nossa mentalidade criou para defender o indefensável.
Esta sociedade abortista em que nós vivemos, pensa e diz assim, depois de uma pessoa ver a luz do mundo, ninguém é dono de ninguém, até já se diz que os pais não são donos dos filhos, coisa que concordo em parte, mas se a pessoa ainda está na barriga da mãe, aí sim, já tem dono e alguém pode decidir sobre se vive ou se morre. Assim é que com esta leveza lá vamos nós cavando a sepultura onde nos enterramos às mãos dos carrascos que, grande parte das vezes, somos sobre nós próprios.
Alguns poderão aludir sobre os direitos de uns contra os direitos de outros, as condições de vida de uns, o futuro incerto de outros, a irresponsabilidade de outros ainda e tantas e tantas justificações… Mas, nada pode legitimar que perante uma população tão idosa como a nossa, a recusa de tantos casais a não quererem gerar filhos, o Estado não se preocupe com isso e não tome medidas protecionistas que induzam as mães (qualquer mãe que tenha a circunstância de vida que tiver) encontrem apoios que as incentivem a fazer nascer os seus filhos. E se não for essa a vontade de alguma mãe, ao Estado compete salvar, cuidar de todas as crianças geradas e nascidas sem mãe ou sem condições dignas para crescer com dignidade. Precisamos de gente, de pessoas, sangue novo, de crianças, porque o melhor do mundo são as crianças (Fernando pessoa). 

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