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sexta-feira, 22 de março de 2013

Escândalo dos escândalos: «Férias à fome»


Logo que vi esta manchete hoje (22 de Março de 2013) no Diário de Notícias, pensei logo, as férias dos madeirenses este ano vão ser de fome, isto é, vão ser uns passeiozitos fora cá dentro e vai ser tudo pelo mais baratinho possível. Nada disso, afinal, dá-nos conta que há crianças que nas férias desta Páscoa estão a passar fome (ouviram bem, há crianças na nossa terra «A PASSAR FOME»). Isto acontece porque temos uma taxa de desemprego elevadíssima e os rendimentos familiares são escassos. Por conseguinte, quem tem responsabilidade não se importa nada com isso. Aliás tem «nojo» dos pobres, foge deles, nem quer ouvir falar que eles existem.  
Depois, pensei como se enganam e como nos enganam estas notícias, comecei a pensar nas várias famílias a quem nós matamos a fome, mas não só nas férias, mas já há muito tempo, haja férias ou não.
Mas, que tragédia é esta! As várias OG’s (Organizações Governamentais) que temos por aí, por exemplo, Segurança Social, Cáritas, Banco Alimentar e toda essa panóplia de organismos que foram nascendo por aí à conta da teta dos subsídios do Governo Regional, o que andam a fazer? Não se dão conta que temos gente na Madeira a passar fome? Que vergonha? Que escândalo? Que violência contra as famílias? Que violação dos direitos humanos? Que atentado criminoso contra a Constituição da Nossa República? Que atentado contra o espírito do Cristianismo? Que derrota para estes governantes humanistas e praticantes mais ou menos regulares da vida cristã? Que derrota para a nossa Igreja Católica que na história de 500 anos na Madeira, com imensos pecados, com certeza, mas eram pessoas ligadas a esta instituição que sabiam das populações, que estavam lá nos recantos da ilha a dignificar as famílias, educando-as e tantas vezes matando-lhes a fome? Que tragédia social que nos vai trazer graves consequências para o futuro? Tantas perguntas que me fazem ficar perplexo perante tanto desleixo, tanta irresponsabilidade e tanto crime que vai contribuindo para hipotecarmos cada vez mais o futuro da nossa terra.
Quem se cala diante desta tragédia social na nossa terra peca gravemente contra a terra e contra os céus.
Última nota. Estas organizações que fazem mergulhar as pessoas necessitadas num poço de burocracias e que se vangloriam publicitando em altas parangonas nos jornais porque distribuem meia dúzia de papos-secos ou uns quilitos de arroz e massa não me merecem confiança nenhuma e enquanto forem mais um braço dos tentáculos do poder político e armadilhas para acentuar a burocracia, não servem para nada. As instituições de ajuda aos pobres têm que ser o mais discreto possível e devem ajudar sem condições nenhumas, pede é porque precisa. É essa única condição. 

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