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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Novo Patriarca de Lisboa

Após um longo processo de um «diz-se que se diz» no Patriarcado de Lisboa e fora dele, eis que nos chegou a notícia da nomeação de D. Manuel Clemente, até agora bispo do Porto, para Patriarca de Lisboa. Foi com grande satisfação que recebi a notícia. Foi para mim um excelente professor de História da Igreja. Sempre acompanhei com interesse a sua atenção e diálogo com a cultura. A sua reflexão sobre a história da Igreja Universal, Portuguesa e a sua atenção zelosa em relação à cultura, é um dado enorme na pessoa de D. Manuel que não podemos de forma nenhuma descurar.
Agora todos dizem que era uma nomeação previsível. Após as várias peripécias quanto à saída de D. José Policarpo, não sei se seria assim tão previsível. Quem sabe se a presença do Papa Francisco não tenha agora alguma coisa que ver com o regresso de D. Manuel Clemente a Lisboa como Patriarca? - Não tenho dúvidas nenhumas que sim. Mas duvido muito que alguma claque sacerdotal de Lisboa esteja assim tão entusiasmada como nos querem fazer crer? Porém, para a Igreja portuguesa geral esta nomeação parece-me ser recebida com entusiasmo.
O Patriarca de Lisboa, não é o chefe da Igreja Portuguesa, como muita gente pensa e veicula. No entanto, por se tratar da Diocese da capital do país, o seu responsável ganha um papel relevante e todos assumem como o rosto principal da Igreja Portuguesa. O facto é esse, quer queiramos ou não. Por isso, será sempre interessante e animador para todos nós que para Lisboa seja nomeada uma figura que reúna uma dose elevada de inteligência, sabedoria e projecção nacional, exactamente, como é o caso de D. Manuel Clemente.
Desejamos os maiores sucessos para D. Manuel Clemente como Patriarca de Lisboa e que o seu saber seja um grande bem para a Diocese de Lisboa e que daí venham sinais e dinâmicas pastorais que influenciem toda a Igreja em Portugal. Bem precisamos de criatividade pastoral que coloque todas as dioceses do país na tradição profética da Bíblia e que soprem novos ventos no diálogo cultural, para que a Igreja Católica ganhe uma presença eficaz na construção dos valores na sociedade portuguesa. Que a escola do diálogo cultural levado a cabo por D. Manuel Clemente na Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais e na Diocese do Porto, seja agora fortemente concretizada em Lisboa e que daí se estenda a todo o país.

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