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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

UM MANIFESTO CONTRA O INSTALAMENTO

Nota do autor do blogue: Estou muito feliz, muito feliz, com a Exortação Apostólica «Evangelii gaudium» do papa Francisco… Um texto que deve ser lido por todos os cristãos. Porque liberta-nos dos receios de leis anacrónicas e algumas desumanas. Mais ainda, solta todos os que sempre pautaram a sua ação pela libertação evangélica, contra as «igrejinhas» que se apresentavam ao mundo com a «verdade absoluta» e como «sociedade perfeita» e para «gente perfeita». O Papa desmonta toda esta lógica e abre o coração da Igreja de Jesus de Nazaré ao mundo, convidando a entrar todos os «pecadores»… Magnífico texto do Papa Francisco, que o Padre João Teixeira resumiu em dez pontos no Facebook da seguinte forma. Que seja um aperitivo para a leitura atenta de todos nós da Exortação papal.
 
1. O Papa Francisco não é diluente. Afinal, o Papa Francisco até se mostra muito acutilante e bastante exigente.
Não abandona nenhum elemento da doutrina. E insiste imensamente no testemunho de vida.

2. É preciso que a Igreja deixe de se referir a ela mesma. É fundamental que a Igreja saia, que vá ao encontro.
Que pare junto das pessoas. Que, sem excluir ninguém, dê prioridade aos mais pobres, aos que estão nas periferias.

3. O Papa não quer uma Igreja sentada, consumindo o tempo apenas em congressos, simpósios e reuniões.
Ele pretende uma Igreja de joelhos e de pé. Enfim, uma Igreja orante e caminhante.

4. Neste sentido, prefere «uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças».
Decididamente, ele não quer «uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos».

5. Para isso, é urgente que a Igreja emagreça as estruturas. É imperioso que o Evangelho perpasse, que nunca se desfaça e que sempre nos refaça.
É decisivo que as energias se gastem na missão e não se desgastem em tantas adiposidades que os séculos foram introduzindo.

6. A leveza do Evangelho reclama uma cura da obesidade burocrática que tão aprisionados nos retêm.
Não raramente, parece que vivemos entalados entre uma bulimia funcionalista e uma anorexia vivencial.

7. O Papa oferece-nos uma exortação apostólica, mas o seu impacto não será seguramente inferior ao de uma encíclica.
É um texto que vem na sequência do Sínodo dos Bispos. Mas as marcas impressivas de Francisco estão lá.

8. A «Evangelii gaudium» é, além do programa de um pontificado, uma espécie de «manifesto contra o instalamento».
Ela convoca-nos para a renovação da Igreja e para a transformação da humanidade.

9. Num mundo diferente, a Igreja não pode ser indiferente.
Ela tem de fazer coro com quem diz «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia».

10. No deserto em que o mundo se tornou, os cristãos são chamados a ser «pessoas-cântaro para dar de beber aos outros».
Assim imitaremos Jesus, «o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa, que Se identificou especialmente com os mais pequeninos (cf. Mt 25, 40)».
Pe. João Teixeira

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