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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Quando predomina a incultura, a beatice e o sectarismo

Haverá por sinal uma multidão imensa de gente a quem se aplicam estes atributos. Todas as instituições têm gente deste teor. Nenhum grupo social, por mais amigos que sejam, se pode gabar de não ter no seu seio gente que merece estas atribuições.
No entanto, quando chegamos ao grupo dos cristãos e encontramos uma multidão imensa de gente com estas características, ficamos perplexos e percebemos, por um lado, que andamos sobre um mar largo, cheio de ondas tumultuosas com um vento feroz, que nada tem a ver com a brisa suave do Espírito Santo. Por outro, podemos imaginar que andamos sobre um pântano de lamas movediças, rodeados de incultos, de beatos e de sectários, muito atentos, a ver qual a hora que o pé de alguém cai em falso para logo o carregarem de pesos pesados e o afundarem até às penas do inferno que, teimosamente, desejam que exista para os outros. São os «hipócritas», «raças de víboras» que o nosso tempo ainda «bota» no mundo e que Jesus tanto repudiou quando «escreveu» o Seu Evangelho com a Sua Palavra e a Sua Ação transformadora da vida e do mundo..
Esta forma de ser cristão está nos antípodas do Evangelho. Não é em nome de Cristo que se é cristão desta forma. Mas está apenas ao serviço da lógica deste mundo, toda ela interesseira e egoísta.
Não se pode, isso sim, deixar que a Igreja se esvazie da sua riqueza: a diversidade de carismas e a multiplicidade de sensibilidades. Nem podemos deixar que a Igreja continue a ser um simples espaço onde apenas alguns mostram a sua soberba e o gosto pessoal pelo poder ou vontade de mandar uma multidão de gente adormecida.
A Igreja é o espaço livre onde o Espírito de Deus age como quer e em quem quer, no sentido de criar uma dinâmica que alimenta a fé e a esperança na salvação. Nunca nenhum dinamismo que cerceie os direitos fundamentais como o da liberdade, o de pensar e o de se expressar. A Igreja, é um espaço livre para gente livre. A religião, nunca pode ser vendida ou comprada por este ou por aquele. Na religião, não há lugar para donos. Cada um com a sua fé é senhor de si mesmo. E deixemos o resto à conta de Deus Nosso Pai.

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