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quinta-feira, 17 de julho de 2014

O Reino de Deus está para para todos

Comentário à Missa deste domingo XVI Tempo Comum
 20 julho de 2014
O livro da sabedoria, escrito em Alexandria na 1.ª metade do séc. I (a.C.), é de onde foi tirada 1.ª leitura deste domingo, é a parte final do livro. Nesta passagem descobrimos que Deus, sendo todo-poderoso, podia manifestar-Se com poder, castigar e sanear todos os malvados que não o acolhessem e amassem.
Mas, Deus não se entrega como os pequenos tiranos a manifestações de fúria. Mas, descobre-se um Deus «justo» misericordioso e compassivo. No entanto, o autor afirma que Deus condena todo o mal, mas não o faz com tirania, mas com toda a indulgência de modo que todos se possam arrepender. Assim, devemos nós os crentes ser tolerantes e sempre esperar pacientemente a conversão e a mudança dos outros. Esta esperança deve fazer parte das nossas vidas para que os males dos outros não nos vençam e nos conduzam para a violência ou à inquietação incontrolável perante as limitações que a vida dos outros muitas vezes apresenta, que tanto prejudicam a nossa vida. Devemos seguir o exemplo de Deus e isso nos salvará e nos fará felizes.
Depois dos gemidos que passamos nesta vida material, na expectativa do bem maior que vamos depois alcançar, São Paulo, aponta os gemidos do Espírito para que o destino do cristão à vida nova e à glória são sejam frustrados perante as misérias e limitações da vida deste mundo. O Espírito estabelece uma feliz comunhão entre a aspiração do cristão e a vontade de Deus. Na nossa intimidade, pela oração, descobrimos a acção do Espírito, que nos revela Deus como Pai, para depois sentirmos o abraço do Seu amor como Mãe.
O Evangelho propõe mais três parábolas sobre o Reino, seguidas de uma explicação sobre o trigo e o joio. As parábolas são transmitidas às multidões e as explicações em casa aos discípulos. Muito curiosa esta particularidade do Evangelho. A parábola do trigo e do joio põe em confronto duas atitudes, a do dono do campo (paciência) e a dos servos (impaciência). Só a atitude de Deus – o «dono do campo» – é salvadora. Eis um convite de Jesus aos discípulos para conterem a sua impaciência e dominarem o seu «puritanismo» até ao tempo da «ceifa» (imagem do juízo definitivo de Deus).
Neste mundo, o Reino de Deus deve crescer lado a lado com o mal. Agora é o tempo da espera, não o do juízo nem cabe a nós fazermos a colheita. Só Deus, o «dono» do Reino pode julgar com justiça quem a Ele pertence ou não, por conseguinte, a nós, cabe-nos ter a certeza que a justiça de Deus nunca falha. Ele é um justo e sábio juiz. 

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