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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Tempos tristes que não auguram bom futuro

A linguagem estalou com o verniz dos tempos que correm, porque a mentira vale muito mais, mas mesmo muito mais do que toda a verdade. São poucos os que são escravos da palavra e muitos os que se limitam a dizer palavras ocas que depois não induzem à fidelidade do seu cumprimento. Já não conto, porque seria impossível contar, as vezes em que sou aliciado com o rol de palavras, palavras e mais palavras.
O que terá levado, a que as pessoas durmam descansadas, mesmo que enganem meio mundo com as suas mentiras descaradas e com o seu palavreado oco? Porque se tornou tão fácil viver sem qualquer sombra de peso na consciência? Porque se tornou tão fácil viver de igual modo mesmo que de manhã se diga verdade e à noite se enfie ouvidos dentro a mais descarada mentira?
No meu singelo observar, considero que os tempos correm tristes, porque são poucos os lugares da vida e do mundo que escapam a esta triste realidade. Por exemplo, a política (reparem, refiro apenas a política, mas podia referir todas as estruturas da nossa sociedade) é o que todos muito bem sabem, não há respeito por ninguém. Vejamos o que se passa numa sessão de debate parlamentar, vejamos como são as campanhas eleitorais e vejamos como se tratam as questões da economia, da educação, da saúde e todas as questões sociais.
Por fim, o povo é o bombo da festa. Está satisfeito. Basta-lhe vegetar à sombra da ignorância e comprazer-se com os arrotos da abundância de festas, passeios e todo o género de presentes. Os tempos estão tristes e o país atravessa uma grande crise. Ainda estou para crer nessa crise que se chama défice. Porque só acredito verdadeiramente na crise dos bolsos vazios das pessoas. A pobreza toma conta de muitas das nossas famílias. Os tempos estão tristes e ninguém se importa nada com isso. É pena!   

2 comentários:

José Machado disse...

Boa noite caro Amigo!
Permita que acrescente uma dúvida à sua acertada reflexão: que valor tem, na prática da nossa sociedade, o catolicismo?
Fique bem
Jose

José Luís Rodrigues disse...

Bom dia caro amigo José Machado,
Bastará que o catolicismo seja um toque de alerta cristão sobre a tremenda necessidade que temos hoje de mais e melhor humanidade. O Papa Francisco está a fazê-lo de forma extraordinária que seduz crentes e não crentes. Mais ainda faço notar que o catolicismo pode ser uma tentativa de organização onde se demonstra que o caminho da salvação do mundo só pode passar pela fraternidade. Mais ainda faço notar que o catolicismo se se mantiver fiel às suas origens e ao Seu Mestre pode dar um contributo enorme quanto à ideia de que só chegamos à verdadeira paz quando falarem mais alto a justiça e o bem comum. Estas ideias apenas entre tantas outras. Abraço amigo.