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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O egoísmo e o culto do só eu

É soberbo constatarmos que se generalizou a mentalidade do «eu» contra os «outros». O nosso ensino não está ele todo assente na concorrência, na pressão psicológica para vencer na vida a todo o custo e na pressão dos valores dos exames não pelo grau de inteligência, mas pela ditadura das denominadas notas numerais? – Dá que pensar esta escola que temos!
O egoísmo emerge da forma como a sociedade se estrutura e do modo como as nossas famílias se constituem. Segundo este singelo apreço, percebemos que o egoísmo está radicado no consumismo e no tipo de sociedade mercantilista que o mundo moderno inventou. Perderam-se totalmente os valores antigos da partilha, a eficácia do diálogo, o desprendimento dos bens e a satisfação dos sentidos com o pouco que a vida dava. Estes aspectos estão reduzidos a cinza e não estão nem por sombra presente no coração das gerações mais novas.
Ninguém hoje que se preze minimamente não pode deixar de ser dono dos seus livros comprados a preço de ouro, das suas roupas caras e de marca, do seu quarto com televisão (este é o principal bem responsável pela falta de diálogo e pelo egoísmo familiar) e todas as comodidades que a vida actual exige que cada ser humano possua. Nenhuma pessoa se imagina a vestir roupas que pertenceram a outra pessoa, as crianças e os adolescentes não se revêm nos livros e nos materiais que pertenceram aos outros. Tudo tem que ser novo e caro para que satisfaça plenamente as investidas do ego. Tudo isto pode ser grave se assumido em desmedida e soberbamente, por isso, deve fazer-nos pensar, até porque «a raiz de todos os males é o egoísmo» (Madre Teresa de Calcutá).

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