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terça-feira, 22 de março de 2016

O dom das lágrimas

Terça feira da Semana Santa: 
«As palavras podem não conseguir exprimir uma oração, as lágrimas exprimem-na sempre; as lágrimas exprimem sempre o que sentimos, ao passo que as palavras podem ser impotentes para o fazer». (São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo, Sermão 76)
O evangelho dos traidores (S. João 13,21-33.36-38)
Judas:
Disse-lhe Jesus: «O que tens a fazer, fá-lo depressa».
- A traição por causa do vil metal, a relação amor/ódio com Jesus, um exaltado habitado por inveja ou por ciúme; ou, em certas versões não menos interessantes, o idealista revolucionário nacionalista, que faz os gestos da traição para obrigar Cristo a chamar as forças celestiais e assim tomar o poder e afastar os romanos odiados.
Pedro:
Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes».
- O mais sólido dos apóstolos, capaz de "fé do carvoeiro" que dá os grandes sacerdotes, mas frágil, com medo, que - apesar de avisado - renegou três vezes antes de o galo cantar, mas que pelo arrependimento e pela catarse que isso provoca consegue recuperar o seu estatuto de primus inter pares após a morte do Cristo.  «Aquele que tinha três vezes renegado o Senhor, três vezes O confessa; por três vezes se tinha tornado culpado, por três vezes obtém a graça pelo seu amor. Vede pois que benefício tirou Pedro das suas lágrimas! [...] Antes de derramar lágrimas, era um traidor; tendo derramado lágrimas, foi escolhido como pastor: aquele que se tinha portado mal recebeu o encargo de conduzir os outros» (São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo, Sermão 76).

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