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sexta-feira, 18 de março de 2016

Um nada que é tudo

Comunicar a verdade...
A verdade é fácil de contemplar, mas difícil de realizar. Os caminhos tortuosos que a vida nos oferece nem sempre permitem a realização da verdade como o valor mais procurado, defendido e vivido. As circunstâncias do quotidiano obrigam ao mais profundo desgaste da verdade e conduzem, por vezes, ao esquecimento daquilo que é autêntico para a identidade das pessoas e das coisas. Muito facilmente a vida empurra para a não verdade das situações e das atitudes.
A comunicação deve em todos os seus aspectos, não ter a preocupação de transmitir a verdade, mas ser a verdade em si mesma. Este conteúdo da comunicação deve fazer parte de todo e qualquer meio de comunicação. Não digo apenas a comunicação mediatizada, mas toda e qualquer comunicação humana.
Toda a vida de Jesus é um exemplo de como é viver na verdade e fazer a verdade: a palavra; os milagres; o perdão; a compaixão; a obediência; a oração; a sabedoria... Tudo o que é dito e feito em Jesus Cristo está empenhado no serviço da vida e no rumo certo da caminhada para a luz. Por isso, ver-se-á autorizada esta mesma pessoa a pronunciar estas palavras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).
Como viver a verdade hoje, neste tempo e neste mundo marcado mais pela não verdade, pela fealdade e pela mediocridade das atitudes? – No nosso tempo não parece fácil descobrir-se caminhos seguros que nos orientem pela certeza da verdade. Porque este é o tempo marcado profundamente pelo viver tão habitual do seguinte mito, como já denunciava Fernando Pessoa: “um nada que é tudo”. 
Deus é a verdade. Conhecer a verdade é conhecer o plano salvífico de Deus – viver a verdade é estar em Deus e é manter-se dentro deste plano de salvação de Deus.
Assim, fora da verdade não há comunicação nem salvação nem libertação. Deste modo, não há outra forma de embelezar o mundo senão através da comunicação da verdade e pela verdade.

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