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Convite a quem nos visita

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vinde almoçar no banquete da fraternidade

Um comentário para quem vai a missa ou não ao fim de semana. Este é domingo III Páscoa...
A cada um de nós, Cristo ressuscitado dirige a mesma palavra que dirigiu aos seus discípulos junto do lago de Tiberíades: - «vinde almoçar...».
Este convite tem uma dimensão eucarística fundamental. Nós, que andamos na azáfama do mar que a vida nos reservou, somos também convocados para a celebração do amor junto da comunidade, para que aí se descubra o sentido da vida, se faça a caminhada para a redenção fraternal e encontremos a luz do Espírito de Cristo ressuscitado que nos chama à plenitude da vida eterna.
Esta necessidade da dimensão comunitária da vida, porque aí se descobre o valor da fraternidade, é o alimento essencial para dar-nos o sentido último da nossa existência. Por isso, há um pensamento lapidar do Papa Francisco que nos faz pensar como é muito importante assumir a vida interagindo com os outros. Diz assim: «Não se pode viver sem os amigos, eles são importantes!» e noutro momento considera: «Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida!» e a seguir acrescenta: «Uma amizade é uma fraternidade, que me ajuda a não cair nem no isolamento nem na dispersão. Cultivar as amizades é um bem precioso, porém devemos ser educados a não nos centrarmos sobre si nós próprio, mas a sair de nós mesmos». Nem mais. Para que a vida seja possível na fraternidade e na amizade, como precisa tanto o nosso mundo e o nosso tempo particularmente.
Cada um de nós, se acreditar de verdade, está representado na grande quantidade de peixes que os apóstolos recolhem nos barcos. Eles procederam segundo o mandato de Jesus: «lançai as redes...». É o mesmo que nós devemos fazer sem medo e com toda a confiança. Porque Deus não falha com as suas promessas e muito menos com o seu desejo de salvação para todos. O que seria do mundo e de nós se não fosse assim? -Pois, mau seria se prevalecessem os gananciosos «engenheiros» do mal que sem escrúpulos sugam o sangue e os sonho dos povos indefesos.
Somos, hoje, também chamados pelo nosso nome a tomar parte nesta festa de amor e de vida. Não nos importemos com as escolhas de Deus, porque segundo Albert Einstein: «Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende da nossa vontade e perseverança». Serve  muito bem esta frase para nos animar na coragem e na certeza que não precisamos de ser ases todos os dias.
Os tormentos do mar da vida, nada são diante desta maravilha que Jesus nos oferece. E a verdadeira vida só é possível quando todos como irmãos juntemos à volta da mesa do banquete que Cristo prepara. Resta que cada um saiba escutar a palavra que o sopro do Espírito faz ecoar: «vinde almoçar» na mesa onde estão os alimentos da justiça, da solidariedade e da partilha fraterna. Nós precisamos de nos encontrarmos todos à mesa onde se «come» os alimentos que animam a fraternidade universal. Não há outro caminho para o mundo e da vida.

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