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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Todos pecadores, todos salvos

Comentário para  missa deste domingo XI do Tempo Comum. Pode servir para quem habitualmente vai à Igreja para missa, mas não só...
O Evangelho, que será proclamado nas missas deste Domingo, relata-nos a visita de Jesus a casa de Simão, um fariseu abastado e sábio. Nisto aparece uma mulher que se põe a chorar e a beijar os pés de Jesus. Perante esta circunstância qualquer um de nós afastaria logo a mulher dando-lhe um pontapé para que não nos incomodasse diante de tanta gente, porque a sua atitude, está a causar-nos vergonha, e ainda mais violentamente reagiríamos, se soubéssemos que essa mulher era de má vida.
Porém, Jesus sabendo que esta mulher precisa do seu perdão e do seu acolhimento, deixa-a estar como está. Esta situação será útil para Jesus ensinar que não existe pecado nenhum que fique fora do perdão de Deus. Todas as pessoas têm lugar na mesa do perdão, basta que o desejo de reconciliação esteja bem presente no coração de todos.
Calculo que os olhares de desdém e até de desprezo nesta ocasião tenham sido bastante apurados entre todos os convidados de Simão. Mas, Jesus sabendo do que se passa no seu coração interroga Simão com o seguinte caso, dois devedores, um que devia quinhentos denários e o outro cinquenta, como não tinham forma de pagar foram perdoados, qual deles ficará mais amigo do credor. A resposta é óbvia, «o que devia mais quantidade».
Se na lógica humana, funcionamos desta forma, porque não pode Deus fazer o mesmo na sua acção misericordiosa em favor da humanidade, no exercício do perdão? - Não há preço nem medida para a prática do perdão. Deus distribui a sua misericórdia a todos, basta que a força do arrependimento seja uma realidade no coração de todos.
Muitas vezes, também podemos nos considerar os maiores pecadores do mundo ou então apontamos o dedo para irmãos nossos que cometeram pecados graves na vida e achamos que estão irremediavelmente perdidos. Não é bem assim, nunca nos devemos considerar como tal e devemos pensar que o amor de Deus é sempre infinito e aberto ao perdão. Diante do arrependimento, Deus não olha à medida do pecado e mostra que não sabe senão perdoar sempre. 

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