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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Deus e eu

José Edgar Marques Da Silva, enfermeiro... Uma descoberta interessante e importante em «Deus  e eu»... Simplesmente saboroso. Obrigado pelo seu sentido testemunho.

A vida ensina, o erro o nosso mestre. Deus observa.

Respeito-O nessa qualidade de observador.

Uma mente aberta, num corpo, com um espirito que observa para além do horizonte, consegue apreender com o erro e nas relações que estabelece com outros seres, permite-lhe fazer escolhas, sem se deixar manipular: julgo que Ele que observa assim o quer.

Nas relações entre os Homens, sem dúvida emerge sempre uma relação com Ele; uma relação que surge de forma natural, e que emerge, muitas vezes perante situações da vida aflitivas, ou com os tais medos, alguns, concebidos por nós mesmos, outros impostos, e que a maldade e a intriga humana, Lhe atribui a uma divindade que outros “lhe faz jeito” ser castradora, com o objectivo de subjugar , subverter e impor.

 Algumas vezes, perante situações de risco da vida, ou de perda de saúde, uma ameaça clara, à convivência  com o sofrimento, e a dor; as quais devemos encarar como provas a vencer,  na aquisição de uma maior capacidade de resiliência, algo que treina e nos molda o espírito, e que orienta para uma relação de proximidade em conversas com Ele; monólogos interiores, que esporadicamente extravasam para fora, frases soltas, que querem apenas cativar a atenção numa procura desesperada de respostas, a dúvidas só nossas.

O ser humano, quando “tudo lhe corre bem”, tem a tendência para subvalorizar as grandes coisas da vida, e sobrevalorizar, as pequenas coisas, muitas das quais, sem valor, no cimentar, realmente aquilo que o impele, a uma  luta, diária e titânica, para construir e amadurecer, um ser e um espírito, forte, sensível, em harmonia com a realidade que o rodeia, e com aquela que o transcende, que eventualmente é, o seu acreditar, em algo mais além: por isso não pode nem deve, se deixar distrair, tem de se fazer ao caminho, estar atento a quem observa.

Esta caminhada, que faço, escolho-O, como um amigo, para me acompanhar e guiar, o meu amigo espiritual, com o qual, se conversa no silêncio das horas mais problemáticas, mas também, nas horas festivas; devemos estar agradecidos sempre, não só em, dividir os problemas, mas agradecer, a Ele, o  encontrar os trilhos e os caminhos, que ensinam a viver, e a saber, aceitar as escolhas que fazemos: são todas da nossa inteira responsabilidade, falhar e assumir o erro, é digno dos grandes Homens, assim como insistir, e sempre se levantar a cada queda ou rasteira.

Incrível, na minha profissão de enfermeiro, muitas dessas “horas problemáticas” me são emprestadas por seres que sofrem, no físico e no emocional, não são poucas as vezes, que temos de construir elos de entendimento e compreensão; sozinhos não fazemos o caminho, são poucos os que o conseguem.

A minha relação com Deus é assim, amizade, conversas num silêncio que conforta e ajuda a crescer na espiritualidade, amadurecendo a forte convicção de que algo, mais além, vale a pena apostar, e fortalecer um espírito que vencerá a barreira da vida, mesmo que longa, ela um dia será libertação de um invólucro, de um corpo que cumpriu a sua função: viver em plena felicidade e harmonia.

Não existe nesta relação, obrigação, que vá para além da minha vontade, assumo que nesta relação, não existem regras, a não ser as que unem os “bons amigos”, numa disponibilidade, que julgo, e acredito ser recíproca, não existem medos, inclusive o único pecado aceitável, entre nós, seria de alguma forma, trágica e jamais aceitável, perder uma amizade da qual depende o futuro do meu ser espiritual, aquele que terá um dia, também de aprender a crescer, nada que meta medo a ninguém, se a vida for assim, num acreditar que algo, de melhor, nos aguarda... Acreditar é uma questão de esperança... Não de confirmação.

A via é bela, sim, mas apenas e só, se conviver com o amor e Deus é isso, simplesmente só isso, Ele manifesta-Se, quando o outro retribui... Precisamos apenas de estar atentos, talvez se tenha a sorte de encontrar a tal confirmação desejada por muitos.

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