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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Vigiai. Chegou o tempo do Advento

Pão quente da Palavra
1. A liturgia do primeiro Domingo do Advento, abre-nos a porta do coração para «o Deus que vem». A nossa história pessoal com esta luz, torna-se mais brilhante e mais luminosa no que toca à nossa felicidade. Por isso, Esta primeira liturgia do Advento ponta caminhos e alguns conteúdos para que possamos viver com intensidade espiritual este tempo de espera e vigilância que é o Advento.

2. A primeira leitura é um apelo à mudança de vida e a uma compreensão autêntica do que Deus é. O autor do texto concentra-se no essencial e diz que Deus é amor e misericórdia. Estes valores constitutivos do que Deus é são seguramente a garantia que Deus vem salvar a humanidade e que não O assiste qualquer ensejo que conduza à condenação. É da natureza de Deus perdoar e salvar sempre. É o Deus libertador da miséria, porque nos reclama a libertação dos escravos e apela à verdadeira dignidade para todos. É este o sonho de Deus, que deve ser também o nosso sonho, se Nele encontramos sentido para vida e luz para o acreditar.

3. A segunda leitura mostra como Deus está presente nos dons e nos carismas dos membros de uma comunidade. Nesta riqueza concedida à humanidade Deus revela-se em cada homem e mulher quando exercem para todo o bem os seus dons e carismas. Por isso, mantem o apelo à vigilância para que sejamos capazes de ver e ouvir onde Deus se mostra pelo concreto da vida, para que possamos acolher, amar e levar à prática toda a sua mensagem de salvação e de felicidade.

4. No Evangelho os discípulos de Jesus são convidados a não terem medo e a enfrentaram a vida com toda a coragem. Um cristão verdadeiro distingue-se dos outros pela sua determinação, pela sua esperança. O alimento do ser cristão é o seu ânimo. Esta densidade interior de uma fé segura em um Deus que vem e que fará levantar a justiça, a paz e a vida em abundância no coração daqueles que O seguem determinados. Em corações assim não podem existir hesitações comodistas nem muito menos calculismos cegos. Este tempo em que estamos no mundo, é o tempo da espera vigilante, que não nos demite da realidade, mas que nos conduza ao compromisso activo na construção da vida feliz para todos. Esta realidade nova começa sempre hoje. É esta a vigilância que se alimenta pela esperança no amanhã que se concretizará definitivamente quando for feito o mergulho no oceano imenso do mistério.

5. O Tempo do Advento, é aquele tempo que nos prepara para o encontro com o homem empoeirado, de barbas raladas e grandes, passando ao lado de um rio, que está ali diante de mim. E Ele da outra margem faz-me um aceno afectuoso, certo que em mim existe abertura suficiente para acolher uma graça, um dom ou uma possibilidade de redenção. Eis, o tempo que nos prepara para o novo, o sempre novo da vida. Por isso, chegou a hora para este mundo que parece andar perdido, nas entranhas tenebrosas do medo, da insegurança, da corrupção, da tristeza e toda a miséria que corrói a vida. Portanto, «vigiemos» para que possamos acolher o verdadeiro presente, Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Mais uma vez chegou o Advento.

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