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sábado, 28 de julho de 2018

O acolhimento e a hospitalidade

num tempo de tantos aldrabões e aldrabices, somos tantas vezes, solicitados a ajudar certas pessoas necessitadas, mas inclinamo-nos a perguntar: "São cristãos? São sérios? O que fazem no dia-a-dia? Fumam cigarros? Passam os dias nos cafés? Vivem correctamente? Se não, por que os haveríamos de ajudar"? - Obviamente, que se descobre cada vez mais a consciência de que se deve ajudar quem precisa e não quem merece. Senão… Vejamos. Há uma velha alegoria judaica, mais ou menos neste teor. Um dia Abraão estava sentado à porta da tenda, como tinha por costume, esperando hospedar estranhos, quando viu, caminhando na sua direção, um homem de cem anos, todo curvado e amparado no seu bordão, fatigado pelos anos e pela viagem. Abraão recebeu-o bondosamente, lavou-lhe os pés, fê-lo sentar-se e serviu-lhe a ceia. O ancião comeu, entretanto, sem pedir a bênção de Deus nem de lhe dar graças. Ao ser-lhe perguntado por que não adorava o Deus do céu, o velho disse a Abraão que adorava unicamente o fogo, e não conhecia outro deus. Diante desta resposta, Abraão no seu zelo, ficou indignado a ponto de mandar embora o velho da sua tenda, expondo-o às trevas, aos males e perigos da noite, sem proteção. Deus chamou Abraão e perguntou-lhe onde estava o estrangeiro. Ao que o patriarca respondeu: "Atirei-o para fora, pois não Te adora". Deus então respondeu: "Eu tenho-o suportado por mais de cem anos, se bem que ele me desonre, e tu não o pudeste suportar por uma noite, sendo que ele não te causou nenhuma perturbação?" Tendo em conta isto, diz a história, Abraão chamou o homem de volta, foi hospitaleiro com ele, e proporcionou-lhe sábias instruções. 

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