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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Os fariseus ressuscitam todos os dias

a maioria das denúncias que estão a ser feitas sobre os abusos sexuais nos Estados Unidos, na Australia, na Irlanda, na América Latina e alguns noutras partes do mundo (um ou outro até bem próximos de nós), remontam há 70 e 80 anos e, obviamente, outros casos mais recentes. Tudo bem quanto ao crime hediondo que representam estes casos. Justiça com todos eles, porque deixam cicatrizes para sempre nas vítimas e nunca mais serão pessoas verdadeiramente saudáveis, pois, por causa disso, carregarão o sofrimento para toda a vida. Porém, muitas destas situações estão a ser bem aproveitadas para que os anticlericais primários e os desencantados ou amargurados da vida, cuspam o seu ódio doentio e a sua vingança rasca sobre a Igreja Católica e, particularmente, os sacerdotes. Mas, convém não esquecer o muito que faz a Igreja Católica e, particularmente, os padres, religiosos e religiosas que por esse mundo fora salvam todos os dias crianças, idosos e tantos excluídos do sistema louco capitalista que inventamos (produzir, consumir e descartar), tudo à conta de mais pobreza e exclusão social. São milhões de pessoas que a Igreja em todo o mundo salva da fome, trata as feridas dos doentes, visita os abandonados, consola os idosos e acolhe a imensa multidão de crianças descartadas pela maldade de pais irresponsáveis e da indiferença das sociedades. Com frequência à conta disso são assassinados religiosos e religiosas, mas para noticiar tais acontecimentos parece faltar papel e tinta aos jornalistas. Os sacerdotes nenhum é herói, nem todos são psicopatas neuróticos. São homens simples, humanos, que procuram seguir Jesus e servir os outros com muitas imperfeições, pobreza e fragilidades, mas neles existe também beleza e bondade como em todos os seres humanos. Gosto de ver o todo e não apenas as caricaturas distorcidas. Por isso, prefiro mais indicar pessoas sérias e honestas do que andar à caça de pecadores para os indicar e julgar. Não sou fariseu. 

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