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terça-feira, 30 de outubro de 2018

A linguagem é o ponto a ter em conta

ouve-se esta expressão, «terrorismo islâmico», com alguma frequência na comunicação social, especialmente, nas televisões quando fazem directos dos locais onde aconteceu algum atentado terrorista. Esta expressão é indecente, injusta e perigosa. Indecente porque não há «terrorismo islâmico», há terrorismo e ponto final. Felizmente, nunca se ouve dizer, quando alguém entre nós, num meio maioritariamente cristão católico, quando mata à facada um filho, a mãe ou a esposa, que estamos perante  «terrorismo católico ou cristão». Devia estar bem convencionado que, venha de onde vier a violência e toda crueldade, só têm o nome de terrorismo, que não precisa de ser conotado com religião, política e outra coisa qualquer que identifique uma parte da nossa humanidade. Porque isso é profundamente injusto para as outras pessoas que pertencem ao grupo que segue esta ou aquela corrente de pensamento e não podem sofrer ou serem descriminados porque um ou mais membros cometeu um crime. Mais um exemplo fresquinho, o «Brasil virou para o fascista». Profundamente injusto, porque, felizmente, há uma porção enorme de brasileiros que não se identificam com as ideias do novo presidente, Jair Bolsonaro. Para onde iremos então se implicamos nas misérias de uns todos os que estão a eles ligados ou com eles conviviam? - É indecente ajuizar tudo e todos pela mesma bitola.

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