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terça-feira, 23 de outubro de 2018

O funil do contentamento

a pouca vergonha continua. Dizem prá aí que uma escola do Funchal (um CAO – Centro de Actividades Ocupacionais), recebeu uma generosa oferta de uma Junta de Freguesia da cidade (incluindo passeios entre várias propostas de actividades), mas recusaram porque não pertence a governação da junta à mesma cor política da tutela do convidado CAO. Pensei que o bailarico dos debates mensais na Assembleia Regional, a criação do Centro de Estudos (que parece ter morrido sem nascer), debate assim e assado, alguma benevolência com a oposição e todos os sinais de abertura que sopraram os montes e vales da Madeira nos últimos anos com o nome pomposo conhecido por todos, tivessem remetido estas atitudes às calendas. Nada disso, em diálogo com uma pessoa amiga fomos confrontados com esta confrangedora e dinossáurica manobra antidemocrática. Não podemos continuar com isto, um professor pensa diferente, organiza a seu modo e faz valer a sua escola a patamares de sucesso a nível nacional, é saneado, umas ações em função das pessoas (e no caso a pessoas com necessidades especiais), foram recusadas só porque a junta de freguesia não pertence ao partido que governa a nível regional. Consideraria justa a decisão se não fôssemos confrontados frequentemente com excursões de idosos, crianças e jovens tomados quase à força para participarem em actividades partidárias desde que sejam as que pertencem ao partido político que governa a Madeira inteira. Intolerável e que a existir regras deste teor que sejam aplicadas a todos os partidos e que não se verguem à duplicidade de critérios ou a interesses de carácter partidário, venham de onde vierem. O modus operandi que se pensava ter mudado, afinal, continua a funcionar de igual modo. A reincidente tentação de que a Madeira não é de todos os madeirenses, parecia ter morrido, mas se morreu, ressuscitou e está bem viva nos cérebros menores que ainda desgovernam algumas coisas da Madeira. Continuem assim e logo verão que o tempo em que tomavam todos por tontos, chegou ao fim. Depois não digam que faltou avisos para que o bom senso comandasse a vida. É isso, mas continuem assim e contentem-se com a ideia de que o funil ainda funciona.

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