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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Elogio da Caridade

Irmãos, segui a caridade, doce e salutar vínculo para o espírito, sem a qual o rico é pobre e com a qual o pobre é rico. É ela que dá resistência nas adversidades, moderação na prosperidade; é forte nas provas difíceis, alegre nas boas obras; seguríssima nas tentações, larguíssima na hospitalidade; lindíssima entre os verdadeiros irmãos, pacientíssima entre os falsos. [...] Como ela é grande! É a alma das Escrituras, a força da profecia, a salvação dos sacramentos, a solidez da ciência, o fruto da fé, a riqueza dos pobres, a vida dos que morrem. Haverá maior grandeza de ânimo do que morrer pelos ímpios? Maior benignidade do que amar os inimigos? Só a ela a felicidade alheia não oprime, porque desconhece a inveja. Só a ela a felicidade própria não incha, porque não se ensoberbece. Só a ela a má consciência não magoa, porque não faz o mal. [...] Por isso, segui a caridade, e meditando nela santamente, dai frutos de justiça.
(S. Agostinho, Sermão 350, 2-3)
Nota do autor do blog: Qual espelho, a caridade, reflecte o interior da alma, para enformar a única alma do mundo todo. E desse modo escolhe Deus falar ao mundo e à vida todos os dias, onde se labutam todas as tarefas com o condimento do amor autêntico, fermento sublime da grandeza divina, traduzida na existência de cada pessoa, que se abre à luz que brilha em todos os horizontes. Pois bem, que Deus fale aí no gesto simples de qualquer agir...

2 comentários:

Anónimo disse...

Padre José Luís o mundo encarnado neste texto e no de Coríntios XIII de S.Paulo estaria totalmente diferente. Hoje quero ouvir interiormente o som destas leituras, que são muito preciosíssimas.

José Ângelo Gonçalves de Paulos

M Teresa Góis disse...

Caridade, a maior e a virtude que, falo por mim, mais vezes transgrido!
Às vezes penso que, também nós Cristãos, fazemos o papel de "ímpios", exactamente por não levarmos em conta o peso da Caridade na nossa vida.