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Convite a quem nos visita

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma - 2014

Convido-vos a lerem a interessante mensagem do Papa Francisco para o Quaresma de 2014. Um documento que desafia o mundo para a justiça e o cuidado com toda a humanidade para que cessem as injustiças, as desigualdades e todas as formas de violência que provocam sofrimento e morte. A não perder aqui
«À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha».

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os bens são para o bem estar de toda a humanidade

Comentário à missa do domingo VIII Tempo Comum, 2 março de 2014
S. Paulo dá-nos uma grande lição sobre a função do «chefe» ou da «chefia», se quisermos, da comunidade, que deve ser sempre assumido como um serviço à pessoa de Cristo e do Seu projecto. O «chefe» vai ajudando a comunidade a perceber a vontade de Deus. A sua fidelidade prende-se a Deus.
Quando fazemos juízos a respeito das pessoas, nem sempre somos justos ou imparciais. O nosso julgamento é, quase sempre, fruto da nossa visão (ou deformação) do projecto de Deus. Paulo tem a certeza de que a sua consciência não o acusa.
O Evangelho ensina-nos a viver o desprendimento e a liberdade face aos bens deste mundo, particularmente, perante o dinheiro. Este deve ser sempre um bem ao serviço e nunca uma pressão que escravize o pensamento e a liberdade de acção.
Quando faz parte da vida este desprendimento, emerge a partilha e a vontade de justiça como valores essenciais. O mundo seria menos injusto, isto é, mais fraterno, teria muito menos pobres, famintos e indigentes se estivesse organizado como uma casa comum, um lugar onde fosse possível a festa do amor partilhado. Onde ninguém ficaria para trás. Todos teriam oportunidades iguais.
Neste banquete, os bens não seriam só e apenas para alguns, mas para todos, porque não faltaria lugar à mesa para ninguém. Todos estariam convidados e entrariam nessa grande festa da fraternidade universal.
Alguns perguntarão, um sonho? Um desejo? - Sim ambas as coisas, sonho e desejo, que devem fazer parte do coração de todos os povos, especialmente, nós cristãos, que lemos e celebramos as palavras de Jesus.
É preciso lutar para que o mundo seja estruturado, não apenas na simples caridade, mas na justiça e na partilha dos bens. De que serve o mundo estar a saque por uma minoria que nunca se farta de dinheiro e por isso suga quanto mais pode os recursos naturais, que pertencem a todos, e com eles monta negócios chorudos só e apenas em seu benefício e dos seus familiares? - Serve esta lógica para acentuar mais a pobreza, a fome e a indigência. A seguir a raiva e a revolta. Urge uma outra lógica, mais de acordo com o bem comum, para que o mundo seja conduzido para o ideal da paz e da justiça que chegue a toda a humanidade. É este o sonho de Deus, é este o nosso sonho.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Como será um caos controlado?

O nosso hospital do Funchal conta em lista de espera para cirurgia 17 mil pessoas. Um número impressionante e preocupante. Mais ainda informam que as pessoas esperam em média entre 3 a 5 anos para serem atendidas. Não são raros os casos em que as pessoas quando são chamadas para a cirurgia já habitam a mansão dos mortos. Este caos «controlado» mete medo e faz-nos viver em profunda insegurança.
Umas das causas apontadas será provavelmente dizerem-nos que não há dinheiro. Porém, o dinheiro não falta para a campanha permanente e para a imposição do pensamento único. O dinheiro não falta para o desporto do jet-set, o golfe. Não falta para obras que salta a vista não serem úteis ao bem comum, mas a uma pequena porção de gente que sempre se «alimentou» dessa forma. Não falta para viagens que nunca percebemos em que é que servem o povo da Madeira. Não falta para eventos de gosto duvidoso e que ainda não provaram serem uma mais avalia para fazer movimentar a nossa economia. A lista podia continuar...
Manchete Diário de Notícias do Funchal
26 de fevereiro de 2014
O dinheiro só falta quando se trata de manter dignamente os serviços de educação e da saúde na Madeira. Para onde vamos guiados por autistas sem escrúpulos que não se compadecem nada com a desgraça alheia? Que sociedade é esta que tolera governantes irresponsáveis que não olham às condições desumanas em que vive a nossa população? Não admitem haver doentes, pobreza aliada ao desemprego altíssimo e famílias a passar fome entre tantas outras chagas sociais que nunca viram uma resposta conveniente por parte das nossas autoridades? As perguntas podiam continuar...
Perante este panorama é preciso deixar a politiquice rasca, que concentra energias em demasia, e exigir que quem tem a responsabilidade deste sector tão importante para a população se fixe verdadeiramente na resolução deste problema que continua a remeter uma porção enorme do nosso povo para a valeta da doença. Não encontrar um ambiente de confiança e que garanta alguma qualidade de vida que reduza o sofrimento e induza na esperança, fere o corpo e a alma. Estar doente é ser o mais pobre dos pobres. Pelo que vamos vendo as instâncias que devem cuidar da saúde do nosso povo está profundamente doente e por isso faz-nos ser um povo entre os pobres dos pobres. Precisamos de luz a este nível e quem tem responsabilidade para a resolução deste problema deve começar já a ter outro comportamento e a respeitar melhor quem passa pela rua amarga da doença.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O apocalipse e o regresso de Miguel Relva

Batemos no fundo. Mas faltava um clique final. Aí está, é o regresso de Miguel Relvas.
Seis significados do regresso de mais este pacóvio licenciado em terras de Vera Cruz, que os «vampiros» designaram de super mestre de coisa nenhuma:
1. O fracasso e a orfandade de Pedro Passos Coelho.
2. Não há retoma nenhuma, nem económica nem muito menos melhoraram as condições da população portuguesa, é tudo campanha para iludir os eleitores.
3. Aqueles que o substituíram tanto no PSD como no governo são uma nulidade na arte da política baixa, da intriga rasca para combater os adversários. Coisa que alimentava a estratégia de empobrecimento e destruição do país.
4. O desejo de vingança é um fogo que não se apaga no coração de Relvas, que se preparem aqueles que o tramaram no PSD.
5. A mesma estratégia que levou o PSD ao poder nas últimas eleições vai ser retomada nas europeias e nas legislativas. Preparem-se para a imparável maledicência que vem por aí abaixo contra os adversários do PSD.
6. Vai começar a competição entre Portas e Relva no que diz respeito à intriga da política rasca que nos tem conduzido a esta tragédia.
Estamos em decadência absoluta. E isto é trágico. 
O professor Eduardo Lourenço disse-o e bem ainda há poucos dias. Disse o ensaísta mais famoso de Portugal durante a primeira mesa da 15.ª edição do Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim, sob o título «Pensamentos não são correntes de ninguém»: «Dá a impressão de que, de repente, fomos invadidos, não por uns castelhanos arcaicos nossos vizinhos e que são nossos irmãos e primos, mas por uma espécie de vampiros como aqueles que o cinema de Hollywood ilustra. Não é por acaso que o tema dos vampiros se tornou um tema da moda, os vampiros são emissários da morte, é como se estivéssemos a viver uma espécie de apocalipse indirecto». E a seguir acrescentou: «Os vampiros não são tão vampiros como isso, são pessoas reais. São as pessoas que controlam o sistema que a modernidade foi inventando pouco a pouco, com os seus novos meios de produção, que aumentaram efectivamente de maneira fantástica a possibilidade que os homens têm de aceder a um certo número de coisas que são importantes».
Volta Relvas para junto dos teus. Estás perdoado e acarinha a claque que tinhas deixado na maior orfandade. Só tem algo que nos faz moça, a tua ribalta acentua em muito o apocalipse que os «vampiros» levam a cabo com a máscara da bondade com um abjecto palavreado que nos enoja profundamente.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A canção dos pássaros

Para o nosso fim de semana... Sejam felizes!
Os poios na encosta do som
Ditaram a beleza de um rosto
Que se enrosca na cantiga
Do momento dos pássaros
Que chilreavam a canção
Do grande amor do tempo
Que as árvores disseram
Em fruto para nós.
No encontro desta manhã.
José Luís Rodrigues

Extraordinário exemplo para as reformas

Brilhante ideia para ser aplicada entre nós... 
Na Suíça, ao contrário de Portugal, não há reformas de luxo. Para evitar a ruína da Segurança Social, o governo helvético fixou que o máximo que um suíço pode receber de reforma são 1700 euros. E assim, sobra dinheiro para distribuir pelas pensões mais baixas.
Fiquei surpreso que estivesse a ser praticada esta ideia extraordinária de estabelecer uma pensão limite, 1.700,00 Euros. Precisamos disto no nosso país. Quando aparecer um partido, seja ele qual for, que proponha esta ideia da limitação das reformas, pode contar imediatamente com o meu voto. Já tenho esta ideia há muito tempo, não sabia que havia um país que a praticava. Vejam lá os que andam a defender que não é uma ideia possível. Esta sim, uma solidariedade concreta, que faz parte da política concreta do Estado. Mais ainda se pensarmos que é uma forma eficaz de lutar contra a pobreza. Tudo que que andamos a fazer e a dizer não passa de blá, blá. blá... Agora tenho mais um argumento para reforçar esta ideia e passarei a dar o exemplo da Suíça como país que pratica a solidariedade através das reformas. Bravo povo Suíço.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O poder absoluto corrompe-se absolutamente

A Venezuela está a ferro e fogo. Já são vários os mortos, assassinados barbaramente, outros estão presos em parte incerta e consta que estão a ser acusados por nada. Preocupa-mo-nos seriamente, porque são muitos os madeirenses que residem neste país. Por isso, juntamos a nossa oração ao povo da Venezuela para que a paz seja restabelecida e a segurança se torne o pão de cada dia. Este vídeo esclarece o que se passa de verdade e denuncia toda a campanha ridícula que tem sido feita pelo poder tentacular de Nicolás Maduro. Vendo o vídeo, ficamos a perceber melhor qual é o problema da Venezuela e o que está por detrás da violência. Obviamente, que até podem ter alguma razão aqueles que defendem que a América e outras forças capitalistas estejam por detrás da sublevação do povo, mas a reacção do poder venezuelano não é melhor em nada, pelo contrário, manifesta-se como um tirano contra o povo e contra os valores da democracia. Isto é inaceitável... Todo o poder que não se curva diante de uma morte barbaramente assassinada de uma pessoa apenas do seu povo, não merece governar nem sequer galinhas.   

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pode ser possível ser como Deus nalguma coisa

Comentário à missa do domingo VII Tempo Comum, 23 fevereiro de 2014
Segundo S. Tomás «Deus é simples e uno». Perante tais atributos essenciais de Deus, descobrimos a perfeição divina e nisso consiste a indefinição de Deus, porque Deus não é isto ou aquilo, Deus é e ponto final.
Na medida em que descobrimos a criação de Deus, começamos a considerar que Deus é demonstrável, como ensina S. João Damasceno. Toda a obra de Deus manifesta os sinais da Sua presença. Por esta via compreende-se o apelo de Jesus: «sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito». Mais, se somos criação de Deus, qual o porquê deste apelo? - Porque se, por um lado, participamos na vida divina, por outro, pela natureza, carregamos ainda a limitação essencial de sermos realidade física, material. Nesta contingência da vida deste mundo, Jesus deseja que os seus discípulos sejam capazes do amor, do perdão, da amizade e da fraternidade com todos (e como grande desafio, viver esses sentimentos/valores até com os piores inimigos - esta é a grande novidade da religião cristã).
Em nenhum momento do Evangelho Jesus nos pede que sejamos uns «coitadinhos» que se sujeitam a todas as maldades. Esta ideia tão famosa e utilizada nos discursos: «se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda», nada tem que ver com essa ideia que devemos ser uns insubmissos, «agachados» que se sujeitam a tudo e a todos.
Jesus ensina-nos, em particular, que a intolerância e a repugnância pelos nossos irmãos são atitudes contra o Reino de Deus. Os cristãos são chamados a viver mediante uma abertura constante para o perdão e para o acolhimento dos outros tal como eles são.
Não é legítimo que sejamos muito exigentes com os outros e que não sejamos capazes de viver connosco próprios, isso que se exige aos outros. Ninguém tem autoridade para pedir aos irmãos aquilo que não é capaz de fazer. De que nos serve se manifestamos muitos escrúpulos e intolerância desnecessária diante das atitudes dos outros se depois realizamos o mesmo ou o pior contra o bem despreocupadamente e sem pudor absolutamente nenhum? - O cristianismo que nós professamos não é uma religião de simples seguidores de um plano ou projecto político ou social. É antes uma forma de vida que nos toca por dentro, porque nos convoca para o seguimento de uma pessoa concreta que nos fala e nos desafia para atitudes de amor, isto é, os outros deixam de ser só semelhantes, para serem irmãos que devemos acolher e amar desmedidamente.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pequenos gestos fazem o mundo sorrir

Título da melhor notícia dos últimos tempos:
Refeições a sem-abrigo e necessitados servidas no Mercado dos Lavradores
A iniciativa da CMF pretende oferecer maior dignidade e segurança ao trabalho da ‘casa’
Foto Dnotícias

Finalmente, vejo o que ansiava já a uns três ou quatro anos. Fiz sentir à anterior vereação da Câmara Municipal do Funchal a necessidade de haver um espaço para que as pessoas (sem-abrigo), que comiam todas as noites no olho da rua, primeiro junto à Igreja do Carmo, depois junto ao mercado na porta norte da praça do peixe e a seguir no Campo da Barca junto ao Comando da PSP, tivessem um espaço com alguma dignidade para comerem como deve ser as refeições que eram distribuídas no meio da rua.
Durante a última campanha autárquica falei, quando tive oportunidade às duas principais candidaturas sobre o assunto, ambas foram sensíveis. Esta que ganhou a Câmara surpreende-me com a concretização desta iniciativa. O sucesso de qualquer governação deve ir por aqui, a atenção às pessoas e quando se trata das mais vulneráveis melhor ainda. 
Por isso, não podia ser maior a minha alegria ao ver hoje na última página do Diário de Notícias a confirmação de que esta vereação camarária tinha proporcionado um espaço no Mercado dos Lavradores para este fim e que futuramente irão edificar um local para que as instituições que se dedicam aos sem abrigo tenham uma sede e um espaço devidamente apetrechado para servir as refeições às pessoas que caíram na rua. Bem hajam pela iniciativa. São estes pequenos gestos que edificam a vida e fazem o mundo sorrir.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Andar sobre as águas

Somente três homens andaram sobre as águas em toda a história da Humanidade:
-
O primeiro foi Cristo.

- O segundo foi Pedro.

- O terceiro foi  o Zé Sousa.

..... Mas quem é o  Zé Sousa......?!!?!?!?!?!? - É este da imagem...

Criatividade na terceira idade

A isto pode-se chamar verdadeira criatividade para vencer a depressão da terceira idade...

ESTOU REFORMADO... 
As pessoas que ainda trabalham, perguntam-me muitas vezes, o que é que eu faço todos os dias, agora que estou reformado...
Bem, por exemplo, outro dia eu fui  tratar de um assunto no meu banco, não demorei muito, foi uma questão de cinco minutos.
Quando saí, um Polícia estava preenchendo uma multa por mau estacionamento. Rapidamente aproximei-me dele e disse:
- Vá lá, senhor guarda, eu não demorei mais que cinco minutos...! Deus irá recompensá-lo se tiver um gesto simpático para com um reformado...
Ele ignorou-me completamente e continuou a preencher a multa, Aí eu  passei-me, e disse-lhe que só tinha demorado 1 minuto, blá blá blá...
Ele olhou-me friamente e começou a preencher outra infracção alegando que também não tinha a vinheta comprovativa do seguro.
Então levantei a voz para lhe dizer que já tinha percebido que estava a lidar com um polícia idiota e mal formado, e que nem compreendia como é que ele tinha sido admitido na polícia de trânsito...etc, etc Ele terminou de autuar pela segunda infracção, colocando-a no para-brisas, e começou com um terceiro preenchimento.
Eu já o estava a chatear há mais de 20 minutos, chamando-o de tudo.
Ele, a cada "mimo", respondia com uma nova infracção e consequente preenchimento da respectiva multa acompanhada de um sorriso que refletia uma satisfação de vingança...
Depois da décima violação... eu disse-lhe:
- Tenho pena senhor guarda, mas tenho que me ir embora... vem ali o meu autocarro!
Desde que me reformei, aproveito todas as oportunidades para me divertir!
TENHO TEMPO...

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Os mexericos e o amor ao próximo

Afinal pelos lados de Roma também há disto… 

O Papa Francisco improvisando, acrescentou ao discurso, pronunciado ontem na Praça de São Pedro, perante uma multidão de cerca de 100 mil pessoas: “Quando se diz que uma pessoa é ‘linguaruda’, significa que faz mexericos. As fofocas podem matar a fama, o nome de uma pessoa; é tão feio difamar os outros. Se não fizéssemos fofocas, poderíamos ser santos. Queremos ser santos?” - perguntou o Papa aos fiéis. “Então evitemos mexericos”. 
Mais ainda acrescentou:
“O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus afirma que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não fizermos as pazes com o próximo”, disse o Papa, citando Mateus 5,24: “Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”. “Por isso somos chamados a nos reconciliar com nossos irmãos antes de manifestar devoção ao Senhor na oração”. 
Este episódio explica que Jesus não dá importância simplesmente à disciplina e à conduta exterior. Ele vai à raiz da Lei, priorizando a intenção e indo ao coração do homem, a origem de nossas ações, boas ou más. 
“Para termos um comportamento bom e honesto, não são suficientes normas jurídicas, mas motivações profundas que brotam da sabedoria de Deus e da ação do Espírito. Tendo fé em Cristo e abrindo-nos a esta ação, viveremos o amor divino. Este ensinamento de Cristo – concluiu o Papa – nos revela que a plenitude dos mandamentos se exprime realmente no Amor e que todos se unificam no maior deles: “Ame Deus de todo o coração e o próximo como a ti mesmo”.

Bonita esta reflexão para começar a semana... 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Quando querer é poder

Ensaio poético para o nosso fim de semana...
Todas as vezes que se soltam as amarras da vergonha
porque se tem ideias e ideais. Ou liberdade de pensar sem ser
com medo. Aquele medo que priva de falar alto
porque os olhos que espreitam nas esquinas
são a censura que fazem recuar as palavras do vento.
Ó horrível esquizofrenia de que até as pedras têm ouvidos.

Todas as vezes que qualquer pessoa se levanta do chão
e não permite que os pés dos poderosos espezinhem
a carne e a dignidade. A consciência da verticalidade
é a única via para ser humanidade plena...
Mas poder surgir de todo o chão da miséria onde outros
cravaram os pregos enferrujados para o sofrimento
é o único sentido para quem não se submete à carga da dor.
Mais se reflecte neles a vontade dos gigantes que no querer brota em flor
na luta serena para a glória que atesta o pedestal dos vencedores.

Todas as vezes quando o mundo de cada pessoa
se constrói em cada dia no meio dos escombros
que a desordem do mundo de todos vai semeando.
Nesse interior dos cacos que nos foram dados
melhor comungar a esperança, a convicção sentida
de todas as flores que logo após as primeiras chuvas
no meio das cinzas se levantam pujantes para luz.

Todas as vezes que os campos fogem da solidão
porque neles as crianças brincam todos os jogos da amizade
eis a convivência na paz que todos os corações precisam.
Melhor então retemperarmos no silêncio de todo o ruído
que a poluição dos dias sempre oferece
pois deixemos a liberdade que toda a bondade
permite transparecer o sorriso que a fé garante
quando a felicidade brota doce em todos os sinais
da vida que se planta nos campos floridos do amor.
José Luís Rodrigues

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Mulheres apostam na sua vida conjugal

E porque não queremos deixar passa em branco este dia dos namorados, lançamos aqui mais um elemento para que a celebração deste dia seja feito com alegria e felicidade...
Um grupo de mulheres reuniu-se num seminário sobre como melhorar a sua vida conjugal.
Em fase introdutória, foi-lhes questionado: “Quais de vós ainda amam os seus maridos?”
– Todas levantaram a mão!
De seguida foram inquiridas sobre qual a última vez que teriam dito aos seus maridos que o amavam
– Algumas responderam “Hoje”, outras “Ontem” a  maioria não se recordava!
Por fim fizeram um teste e pediram-lhes que todas agarrassem no respectivo telemóvel e enviassem um sms aos seus maridos dizendo “Amo-te muito Querido.”
Depois foi-lhes pedido que mostrassem as respostas dos respectivos Maridos.
Estas foram algumas das respostas:
–  Mãe dos meus filhos! Tu estás bem??
–  Que foi? Bateste com o carro outra vez?
–  Que fizeste agora? Desta vez não te perdoo!
–  Que queres dizer?
–  Não andes com rodeios, diz-me só de quanto precisas.
–  Estarei a sonhar?
–  Se não me dizes para quem era este sms, juro que te mato!
E a melhor de todas:
        ||
        ||
        ||
      \    /
        \/

–  Quem és tu?

Divórcio judeu

Para assinalar este dia dos namorados...
Antevéspera do Ano Novo Judaico. Boris Sylberstein, patriarca judeu, e a mulher, Sara, moradores num Kibutz perto de Tel Aviv, visitam um dos seus filhos na capital de Israel:
─ Jacob, lamento estragar-te o dia, mas o Pai precisa de te dizer que a Mãe e eu vamos-nos separar, depois destes 45 anos!
─ O Pai enlouqueceu! O que é que está a dizer? ─ grita Jacob.
─ Já não conseguimos sequer olhar um para o outro. Vamos separar-nos e acabou-se! Liga à tua irmã Raquel a contar.
Apavorado, o rapaz liga para a irmã, que vive em Viena e conta-lhe a terrível notícia. Raquel fica em estado de choque, ao telefone:
─ Os nossos pais não podem separar-se de maneira nenhuma! Chama já o Pai ao telefone!
O ancião atende e a filha balbucia na maior emoção:
─ Não façam nada até nós chegarmos aí amanhã, ouviu? Vou telefonar também ao Moisés para São Paulo, ao Salomão para Buenos Aires, e à Ester para Nova Iorque, e amanhã à noite estaremos aí todos. Ouviu bem, Pai?
Desliga, sem esperar pela resposta do Pai.
O velho pousa o auscultador no descanso, vira-se para a mulher, e, sem que Jacob ouça, diz-lhe em voz baixa:
─ Pronto, Sara, veem todos para a Ano Novo.
Só que desta vez não temos de pagar as passagens!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Sabedoria de Deus é a fraternidade

Comentário à missa deste domingo VI Tempo Comum
16 fevereiro de 2014
O cristianismo que nós professamos não é uma religião de simples seguidores de um plano ou projecto político ou social. É antes uma forma de vida que nos toca por dentro, porque nos convoca para o seguimento de uma pessoa concreta que nos fala e nos desafia para atitudes de amor, isto é, os outros, homens/mulheres, deixam de ser apenas semelhantes, são irmãos que devemos acolher e amar. Cristianismo é igual a fraternidade.
Os mandamentos que Jesus nomeia no Evangelho deste domingo servem para nos despertar para a dimensão essencial do Reino de Jesus, que assenta numa irmandade, porque todos são filhos do mesmo Pai e abraçados pela mesma força espiritual que imana do coração de Deus, que se define pelo amor desmedido pelos outros, onde o respeito e a fidelidade à vida são valores essenciais que se destacam. Quer Jesus ensinar-nos, que diante de Deus mais vale não condenar e não julgar ninguém, porque no mundo não existe pessoa nenhuma que seja perfeita ou que não tenha defeitos. Devemos sim estar atentos às atitudes dos nossos irmãos e sempre que seja necessário procurar fazer o bem mesmo que a troca recebida seja desagradável.
Nisso consiste a Sabedoria de Deus, embora «misteriosa e oculta», como refere São Paulo, mas sempre do lado da humanidade para a salvar e a levar à felicidade. Face a essa Sabedoria divina, perguntemos: porque permite Deus acontecimentos trágicos, como atropelamentos, doenças incuráveis, acidentes terríveis com pessoas maravilhosas, guerras intermináveis em muitos cantos do mundo e desordens de todo o género? - A criação, para fazer-se jus à sua definição, fez-se limitada, frágil e sempre instável. Daí a sua beleza e riqueza. Mais ainda, muitas das desgraças acontecem porque, quem as devia evitar, não se deixou penetrar pelo «que há de mais profundo em Deus e no seu coração».
O desafio é este, pede-nos Jesus que sejamos misericordiosos e que não nos deixemos levar pelos instintos primários das emoções. Face à instabilidade do mundo e da vida, sejamos seguros na confiança, na esperança. E que a alegria da Sabedoria de Deus esteja no nosso coração, porque soubemos escolher a «glória» que Ele nos destinou. Assim, viveremos na Sabedoria e descobriremos o quanto é benéfico para a felicidade ser capaz de fraternidade.

Marido sozinho em casa

Rir é mesmo o melhor remédio....
FÉRIAS DA ESPOSA
                                                                                    Querida:
Muito obrigado pela tua linda e carinhosa carta.
Podes ter a certeza de que eu sei tratar de mim, por isso, não te preocupes comigo.
Durante a tua ausência, não se tem passado nada de especial cá em casa. 
Enquanto estás fora, tenho preparado o meu próprio almoço, e todos os dias me espanto de como tudo tem saído bem!...
Já que estou sempre com pressa, ontem decidi fazer batatas fritas.
Já agora, diz-me uma coisa: era preciso descascar as batatas?
Enquanto estavam a fritar, aproveitei para ir buscar uns brioches à padaria.
Quando voltei, o esmalte da frigideira tinha derretido.
Nunca pensei que o estupor da frigideira aguentasse tão pouco.
E tu que me dizias que o Teflon aguentava tudo e mais alguma coisa!
Já consegui tirar toda a fuligem da cozinha, mas o nosso gato Fred, é que ficou preto que nem um tição, e agora tosse o dia inteiro… Desde esse dia entra em pânico e foge quando mexo nas panelas ou abro o bico do fogão.
Já que pelo menos uma vez por dia preciso de uma refeição mais elaborada, quando estou a fazê-la, o Fred dá 'às de Vila Diogo' e só aparece passadas umas horas... 
Diz-me outra coisa: quanto tempo é que é preciso para cozer os ovos?
Eu já os pus a ferver há duas horas, mas mesmo assim, continuam duros que nem uma pedra!
Também queria que me dissesses se se pode aproveitar leite queimado. Queres que o guarde na despensa até tu voltares? 
Na semana passada tive um pequeno contratempo ao cozinhar umas ervilhas.
Vou-te contar: agarrei numa lata e decidi aquecê-la.
Mas, infelizmente, explodiu dentro do microondas.
A porta do microondas foi projectada para fora da cozinha e foi dar contra a nossa pequena estufa de inverno, que claro, ficou partida, assim como a janela.
Como a janela estava fechada (preciso de a fechar antes de começar a cozinhar, senão os bombeiros aparecem outra vez), a porta do microondas arrancou-a também, tal foi a força.
Por sua vez, a lata de ervilhas, parecia um foguete a levantar voo!...
Atravessou o tecto e foi embater na filha do Freitas, o nosso vizinho de cima.
Parece-me que ela ficou bem…
Outra coisa: já te aconteceu a louça suja ficar com mofo?
Como é que isto se pode dar em tão pouco tempo?
Afinal, tu foste de férias no mês passado, mas parece que foi ontem!
Bom, isto acabou por fazer com que eu tomasse uma atitude e lavasse a louça.
Por favor não me insultes, meu amor, mas aquele lindo serviço de jantar de porcelana da tua avó, já era…
Eu realmente não contava com isso, afinal de contas parecia tão robusto e sólido!
Bom, talvez eu tenha exagerado um bocadinho ao pôr o lava-louças no 'programa completo com centrifugação'…
Aliás, a máquina de lavar roupa também se escangalhou.
A faca de aço temperado que eu pus lá dentro, sem querer, estragou o cilindro durante
a centrifugação, porque ficou presa na parede interna.
Durante um dos almoços, sujei a carpete persa com molho de tomate.
Sempre me disseste que as manchas do molho de tomate são impossíveis de tirar.
Ficas a saber, meu amor, que com um bocadinho de aguarrás, sai tudo, mas mesmo tudo, inclusivamente, a lã e a seda da carpete. 
O frigorífico estava a fazer muito gelo, por isso, tive que o descongelar.
Tenho que te ensinar uma coisa: o gelo sai facilmente se o raspares com uma espátula de pedreiro!
Só não sei é porque é que agora passou a aquecer...
O iogurte, a água com gás e o champanhe, explodiram.
Sabes, querida, na passada quinta-feira, esqueci-me de, ao sair, fechar à chave a porta de casa.
Alguém deve ter entrado, porque faltam algumas coisas de valor, entre elas, aquele colar de marfim que o teu bisavô trouxe da expedição a África, no século XIX.
Mas, como tu costumas dizer, o dinheiro não dá felicidade, e tudo o que é material, é efémero.
O teu guarda-vestidos também está vazio, mas penso que não devem ter levado muita coisa, já que, sempre que saímos, tu dizes que não tens nada que vestir…
Bom, vou ficar por aqui, mas amanhã conto-te mais coisas!
Espero que te descontraias bastante no SPA e que gozes muito o teu descanso.
Beijos mil, com muito amor, do teu Paulinho que muito te ama!!! 

P.S.: A tua mãe veio cá ver como estavam as coisas, e teve um enfarte.
O velório foi ontem à tarde, mas eu preferi não te contar nada para não te estragar as férias e aborrecer-te desnecessariamente. Afinal de contas, tens que aproveitar as tuas férias e voltares muito descontraída do teu SPA.
        Beijos, do teu dedicado marido.

                                                                                         Paulinho

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O mutismo do patriarca Clemente

Está dito por Baptista Bastos no DN-Lisboa hoje, 12 de fevereiro de 2014:
«O mutismo do patriarca Clemente chega ser inquietante, e nada tem a ver com o vendaval moral e cultural que varre o Vaticano. Aliás, ele não está só nesta incongruência desacreditante.
O Episcopado rege-se pela mesma pauta e pratica o silêncio como forma de passar ao lado. O Papa quer punir os padres pedófilos, através das leis civis. Quanto a esse assunto, oclusão absoluta, de que é paradigma o caso de D. Carlos Azevedo.
A Igreja regressou ao breviário mais reaccionário e mais infame. Nos momentos em que mais precisamos da sua voz e do exemplo dos seus melhores homens, desvia-se e entoa outros cantares». Continuar a ler AQUI 
 
Finalmente, chega uma análise à cansativa entrevista de D. Manuel Clemente ao Jornalista Paulo Magalhães da TVI-24. Excelente visão do Baptista Bastos. Afinal, de quem se esperava a dianteira, porque Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, afinal, confirma o marasmo e o silêncio confrangedor em que andam remetidos os bispos portugueses.  Se a isto chamam comunhão, unidade e obediência ao Papa, então, estamos muito mal. Porque falham quanto ao respeito, solidariedade e dedicação ao povo que dizem «servir». É preciso acordar...

Sem muitas palavras «queremos é pão»

Jornal da Madeira afixado nas grades do edifício da Diocese do Funchal, Câmara Eclesiástica do Funchal, faz um pedido: «queremos é pão». Este sorvedouro de bens públicos, 11 mil euros por dia (cada edição), gasta ao ano entre 3 a 4 milhões de euros, ajuda a tirar à boca dos madeirenses o pão, porque é dinheiro público, receita dos nosso impostos. É um veículo de desigualdade e mais um elemento de injustiça na nossa terra. Quem legitima tudo isto peca contra os céus e contra o povo madeirense, particularmente, os que passam maiores necessidades neste momento.
Alguns alegam que é preciso ter em conta os postos de trabalho que ali existem. É verdade, com toda a razão, implica famílias que também necessitam de pão, mas quem sabe se colocando-os a trabalhar em um meio de comunicação que esteja dentro da lei e dentro das regras do mercado não tenham assim também o sustento mensal que tanto necessitam? Não ficaria mais barato aos cofres públicos da região resolver esta questão de uma vez e acabava-se com esta imoralidade? - Penso que sim... 
Esta denúncia/grito é contundente, feita com a fixação de três capas deste matutino afixadas num espaço pertença da Diocese do Funchal, para denunciar que quem abençoa esta loucura é igualmente conivente.  Porque alimenta também com o seu peso moral uma loucura que em nada contribui para informar e formar sobre a fé, antes legitima um órgão de propaganda partidária, que enxovalha os  adversários e quem pensa de modo distinto dos parâmetros estabelecidos para ser pensado. Um órgão de pensamento único. Alguém que entende que assim deve ser, então, faça a sua vontade, mesmo que tal mania custe os olhos da cara e alguém abençoa isto.
Porém, ao lado disto, falta o pão, falta o material necessário para fazer funcionar com dignidade os nossos hospitais, as nossas escolas e tudo o que deve ser minimamente proporcionado para fazer valer o bem comum e todos os madeirenses possam ter prazer em viver na sua terra.
Este grito às portas da Diocese do Funchal envergonha-nos e assusta, porque também manifesta o quanto o povo está farto de ser menosprezado, o quanto tem sido utilizado nos joguetes partidários, o quanto tem sido vítima da teimosia e da prepotência de quem se considera insubstituível e que se alimenta daquela certeza que nos faz escutar o silêncio dos cemitérios «aqui estamos cheios de gente que pensava que depois de mim o caos».
Atenção às hostes, o povo manifesta-se nem que seja de mansinho para já, mas paulatinamente vai dizendo que precisamos de arrepiar caminho, inverter esta lógica absurda que desrespeita quem está com dificuldades, quem não tem pão. Por isso, acordemos antes que seja tarde e a quem deve ouvir este grito «queremos é pão» que não faça ouvidos de mercador mas mexa-se e implemente políticas que façam gerar emprego e para os que não o consigam que lhes seja proporcionado mecanismos de solidariedade que lhes sacie a fome.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para quando a comunicação não respeita ninguém

Uma óptima ideia para calar quem vive agarrado ao telemóvel e que fala sem parar à frente de todos!...

Depois de um longo e agitado dia de trabalho, um homem sentou-se no comboio, recostou-se e fechou os olhos.
Quando o comboio saía da estação, a mulher que se sentara a seu lado, pegou no telemóvel e começou a falar bem alto:
-"Olá meu amor, aqui é a Susi, já estou no comboio... sim, eu sei, é o das seis e meia... não apanhei o das quatro e meia porque estive numa reunião que nunca mais acabava...
Nãooooo, não foi com o Leandro dos Recursos Humanos, foi com o meu chefe...
Nãooooo amor, és o único da minha vida, tu sabes...... sim meu amor, amo-te tanto, bla, bla, bla, bla, bla,..."
Passados 15 minutos, a mulher continuava a falar, a falar, a falar, e sempre alto...
O homem, já cansado de a ouvir, aproximou-se dela, e com voz clara, disse quase encostado ao telemóvel:
- "Susi, desliga o telemóvel e volta para a cama!!!"
(consta que Susi nunca mais usou o telemóvel na via pública...)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Praxes académicas a insustentável leveza do ser

Praxe académica em Moçambique...
Em Portugal, pelo que aconteceu recentemente na praia do Meco a diferença deve estar só na cor da pele...
Tanto lá como cá é duro de mais para me fazer rir.
COMISSÃO DE PRAXE ACADÉMICA EM MOÇAMBIQUE!!!!!

Entrevista de D. Januário Torgal Ferreira ao Público

Vale a pena ler hoje no Público... Pode ler Aqui
Uma:
«Disse que o que o inquieta “é a incompetência e a insolência deste Governo”. Tendo sido sempre voz crítica, porque é mais contundente com este executivo do que com os anteriores?
Não é que tenha má vontade contra alguém. Só tenho de realizar uma missão de bem e estas tomadas de posição são de defesa de quem não se pode defender. Fui nomeado bispo em 1989 e, antes de bispo, comecei a compreender que as pessoas raramente nos procuram. Portanto, eu não tinha caixa-de-ressonância. As pessoas começam a procurar alguém pelas funções de maior responsabilidade. Tenho que dizer que, pelo conjunto de práticas, o Governo que, na minha condição de cidadão e perante as minhas convicções humanistas, mais me escandalizou foi este. Eu não posso entender a incompetência, parece má vontade, quase blasfémia.»
Outra:
«A minha impressão não é para humilhar ninguém nem devo ter atitude política. Agora sempre senti que devia ter atitudes de humanidade num mundo desumano. O mundo português que estamos a viver é profundamente desumano»
Mais uma:
«Tenho que aceitar. Respondo sempre com o Evangelho de São João: se falei mal, digam-me em quê. Mas as pessoas não falam de frente. Mesmo as cartas são anónimas. Tenho uma colecção de cartas anónimas, diabólicas».
Só mais esta:
«Qual é o maior risco que ele tem de enfrentar?
O maior risco são os integristas, de gente que tem o estômago cheio dentro e fora da Igreja. O Papa tem uma força de notoriedade social e política e pode ser travão para ascensões sociais. Mas dentro da Igreja há muita gente que tem a infalibilidade, a cabeça cheia de teorias. Eu não quero uma Igreja fidalga nem secularista. Mas gosto muito de uma Igreja que saiba conviver com os laicos, com o mundo profano. A dignidade humana da pessoa é a dignidade de um filho de Deus, de um cidadão, de um igual».
Por fim:
«Há uma afluência aos seminários. A nova geração de sacerdotes em Portugal é filha das presentes dificuldades económicas ou nasceu, apenas, da vocação?
É uma renovação e fruto do espírito: Deus precisa de nós. Acredito nisso. Tem havido uma promoção vocacional séria com um problema de base muito sério. O celibato pode ser uma honra, mas pode ser uma dificuldade e não sei se vale a pena ter feito do celibato uma bandeira. Digo isto com todo o respeito pessoal e institucional — o celibato é uma fonte de liberdade, então se é de liberdade é uma fonte de serviço e dádiva» 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Esplendor

Com votos de um fim de semana muito feliz para todos...   
I. Ânimo. Um sol em visão
Que dizem numa manhã
Na vertigem da solidão
E toco a indiferença do ódio.
Não digo mais dessa sabedoria.

II. Calo na inimizade dos dias
Maiores de uma vida que se vai
Sem passar em ti na penumbra do tempo
Quando vimos o olhar
No horizonte de uma paz firme.

III. Agora fico-me numa certeza
Sublime que vivo na verdade
Que sei em mim e em ti
No marulhar ritmado da amizade
Desvelada no esplendor da tarde daquele dia.

IV. Para onde vamos? - Ao som perene.
Na errância deste aqui que se perde
Mas se reveste em mistério
Do que virá no descanso do amanhã.
José Luís Rodrigues

Se puderem não percam o filme Filomena

Cinema
A bondade e o perdão contra a malvadez humana mesmo que encapotada da mais fina religiosidade... Filomena: um filme que desmascara a doutrina desumana e profundamente negativa da Igreja católica quanto ao amor e a sexualidade. Um excelente filme e um magnífico momento de cinema. Aconselho vivamente.... Está na Sala 3 do Madeira Shoping.
"Filomena": Mãe que procura filho há 50 anos e argumentista de filme que estreia em Portugal encontraram-se com papa
Na Irlanda de 1952, Philomena Lee, 18 anos, nascida no seio de uma família e comunidade profundamente católicas, órfã de mãe e educada na escola de um convento, num regime alheado do mundo para lá dos seus limites geográficos, espirituais e afetivos, conhece um rapaz numa feira local.
Uma maçã e uns caramelos são o bastante para que Philomena creia que o jovem é capaz de lhe oferecer tudo o que deseja da vida. A paixão consuma-se, resultando na sua gravidez.
Insustentável aos olhos da família, não haverá projeto de maternidade para esta rapariga, que é mandada para longe e forçada a entregar o filho para adoção. Uma forma de manter a maternidade em segredo, esconder a vergonha, redimir-se por ter sucumbido à tentação e expiar o pecado de ter um filho fora do casamento. Um passo então considerado benéfico para a reconciliação com Deus.
Em vez de reconciliada, Philomena viverá 50 anos atormentada por uma culpa abafada em segredo, somando, à ideia de pecado, o enorme peso de se ver obrigada a rejeitar o maior dom que Deus lhe havia concedido, o de gerar vida.
Foto: REUTERS/The Philomena Project
É ao fim deste tempo que conhece Martin Smith, um jornalista que, intrigado pela sua história, a encoraja a procurar o filho e assim reconciliar-se genuinamente consigo, com aquele e com Deus.
Foto: REUTERS/The Philomena Project
Publicado em 2009, "The lost child of Philomena Lee" ("O filho perdido de Philomena Lee") foi um êxito de vendas ao contar, em primeira mão, a verdadeira história de uma das muitas mulheres forçadas, ao longo de anos, a rejeitar a maternidade por imposição de princípios morais não exclusivamente adotados em contextos católicos.
Foto: REUTERS/The Philomena Project
O livro serviu, como é possível que sirva agora esta adaptação ao cinema, para trazer à tona uma quantidade substancial de casos semelhantes, em que muitas das mulheres que passaram pela mesma experiência se sentiram encorajadas não apenas a contar a sua história, mas a reencontrar-se consigo e os seus filhos.
O filme, bem construído e gerido, contando já com uma enorme popularidade e um palmarés assinalável, de que se destaca o Prémio Signis (Associação Católica Mundial para a Comunicação) em Veneza, beneficia enormemente da interpretação de Judi Dench, que dá à protagonista a profunda dimensão dramática da sua história.
Foto: REUTERS/The Philomena Project
Eis um filme que não se esgota nem no tema, nem na época, nem no contexto geográfico que aborda: além da questão concreta da maternidade fora do matrimónio, que desejavelmente fará refletir sobre a diversidade de contextos que a propiciam, a narrativa evoca a prioridade a dar aos filhos, a par do amor e da caridade.
Philomena Lee encontrou-se na quarta-feira com o papa Francisco, a quem pediu ajuda na campanha, liderada por si, que procura voltar a juntar pais e filhos forçados a separarem-se, e apela ao governo da Irlanda que autorize o acesso a informações secretas sobre crianças tiradas aos familiares e entregues para adoção.  
Foto: REUTERS/The Philomena Project
No encontro, que decorreu após a audiência geral, participou também o ator Steve Coogan, coautor do argumento, produtor e intérprete da personagem do jornalista.
Papa Francisco conversa com Steve Coogan e Philomena Lee. Vaticano, 5.2.2014.
O filme foi nomeado para quatro Óscares: melhor filme, melhor atriz, melhor argumento adaptado e melhor banda sonora original.

Margarida Ataíde
Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
In Agência Ecclesia
Com SNPC/rjm  07.02.14