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quarta-feira, 31 de março de 2010

Os dias contados nesta semana (IV)

Comentário à Missa da Ressurreição no Domingo de Páscoa
Devia ressuscitar dos mortos
Os discípulos e as mulheres foram ao sepulcro de manhã cedo, estava vazio e viram as ligaduras que envolviam o defunto no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, enrolado à parte.
O sinal da ressurreição visível e concreto, é este do sepulcro vazio. Com este sinal descobrimos desde logo que Cristo não se fixou na morte, mas está vivo, ressuscitou dos mortos. É muito importante que na nossa vida sejamos capazes de descobrir também Cristo vivo, este justo que, por causa da nossa salvação, acolhe, obedientemente, a paixão e a morte na certeza que a vida e a glória serão a realidade mais eficaz e mais forte na Páscoa. Por isso, o significado e o sentido da Páscoa, é que Ela é apenas uma passagem. Uma passagem da morte natural para a eternidade da vida através da Ressurreição.
A fé na Ressurreição deve ser a possibilidade mais certa da vida de cada cristão. Uma vida votada ao esquecimento de Deus e da gratuidade salvadora que Ele nos oferece no Filho ressuscitado, é uma vida sem sentido. Por isso, será essencial não esquecer que a Ressurreição é a maior prova de amor que Deus manifesta em Jesus Cristo.
A Ressurreição de Jesus, inaugura o tempo escatológico do Espírito Santo. Este facto da vida de Jesus dá sentido e valor a toda a acção de Deus na história do mundo.
Cristo ressuscitado convoca-nos para a possibilidade redentora de todos os condicionalismos que a vida terrena nos oferece. Somos chamados a crer de verdade que o sofrimento e a morte não são a derrota final. Jesus Cristo, revela-nos que Deus é Pai/Mãe e que não nos quer tristes e mortos, mas vivos e chamados para a alegria da vida em plenitude.
Se por um lado temos mais elementos para nos desanimar e nos derrotar, porém, Cristo, mostra-nos que não pode ser esse o horizonte final da nossa vida, isto é, aquele que nos faz sofrer ou esquecer a verdadeira vida.
Cada um de nós é desafiado a considerar que nada está perdido. A Sexta-feira Santa existe, é certo, mas logo depois vem o Domingo da Ressurreição. Nada nos pode derrotar ou matar a esperança. A palavra de São Paulo é convincente: «Se com Cristo morremos, também com Cristo ressuscitaremos». Podemos então dizer que se somos sepultados na fé em Cristo, por Ele com Ele e Nele ficará o sepulcro vazio e entraremos na alegria da sua glória plena e eterna.

3 comentários:

M Teresa Góis disse...

Em primeiro lugar saudá-lo pelo dia de hoje e agradecer-lhe a sua escolha."O Sacerdócio nasce da Eucaristia, é um dom de unidade".
Aqui está toda a razão do sacerdócio e da unidade em que todos somos sacerdotes, profetas e reis.
Com Cristo ressuscitado.
Um abraço, no dia de hoje
Tuka

Autor do Blog disse...

Também lhe agradeço toda a amizade e, especialmente, em saber que acolhe o sacerdócio dessa forma, é uma felicidade muito grande para mim saber que ao menos alguns na cidade de Salém entendem o sacerdócio nessa base baptismal: todos sacerdotes, profetas e reis. Ninguém é proprietário do sacerdócio. Sobre o sacerdócio ministerial ou funcional é outro assunto. Bem haja.

José Ângelo Gonçalvesd de Paulos disse...

Padre José Luís, A Ressurreição é a razão, a fonte primordial da Vida em Jesus Cristo. E com ela deixamos nós, os humanos, de sermos um objecto bruto ou sujeito abstrato para sermos um Projecto Revivificador. Jesus deixou o homem individual para, através da sua Ressusreição, sermos o Homem Plural com todas as coisas existentes no Universo . O Cristo Cósmico de que tanto falou o tão esquecido Pe. Teilhard Chardin. Aleluia, Viva. Para todos os seus leitores do seu Blogue Boa Páscoa e que uns e outros tenhamos sempre a Manhã da Novidade.