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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Comentário à Missa do Próximo Domingo

10 Maio 2009
Domingo V da Páscoa – Ano B
Amar por obras e em verdade
I Jo. 3, 18-24
O desafio é esse mesmo, que sejamos capazes de fazer frutificar a vida no amor perante as pessoas mais difíceis, os lugares piores do mundo e as situações mais complexas da vida. Nesta ordem de ideias podemos deduzir, que devemos então, nós cristãos, ser uns ingénuos coitados que aceitam tudo e todos com uma subserviência inocente? – Esta visão dos cristãos está completamente errada. O que nos manda Jesus é que sejamos capazes de dar frutos de salvação para todos, mesmo que isso nos custe a vida. Cada pessoa é como é e não se lhe pede que seja de outra forma para que existam os frutos do bem. A glória do amor que agrada a Deus passa pela sua total entrega e não pela vivência normal do amor, isto é, amar os que nos são próximos é muito fácil, os pais, a esposa, o esposo, os irmãos de sangue, os amigos e todos os que nos interessam por qualquer razão. A glória do amor está muito para além das facilidades. Os contextos mais difíceis do mundo são os melhores lugares para fazer frutificar o amor. No entanto, primeiro que tudo, devem estar no nosso coração todos os que a vida nos ofereceu como membros de família, do trabalho e todos os que o nosso olhar cruzar nas veredas da vida. Mas, depois devemos dar frutos de amor, com obras concretas, em todos os momentos onde a reconciliação seja premente e em todos os lugares onde os caminhos do ódio se tornaram mais evidentes. A esta forma de vida não se chama ingenuidade doentia, mas disponibilidade para a vivência da felicidade pessoal e dos outros. Não devemos aceitar todas as patetices e asneiradas da humanidade, mas somos chamados a acolher, compreender e perdoar. O fruto do amor que Jesus nos manda viver como elemento essencial do Seu Reino passa pela entrega ao serviço dos outros e pelo acolher a todos como irmãos. É este o maior desafio da religião cristã.Ninguém deve sentir-se inibido perante o dom maravilhoso da vida e deve cada pessoa procurar conduzir os passos e as opções para o sentido do amor que salva e liberta da escravidão do desespero. E para que esta realidade aconteça, é muito importante que não se reduza o amor a palavras ou frases muito bonitas, mas prática concreta, obras sinceras que promovam a justiça e a paz para todos à nossa volta.

1 comentário:

JoséÂngelo Gonçalves de Paulos disse...

Este texto foi a minha Eucaristia. É tão necessário como o pão que levo à boca. Com ele (texto) tento limpar a minha videira, cujas uvas nem sempre são apetecíveis e dão vinho reles.