O jornal italiano La Ditesa, publicou, há tempos, uma carta dirigida a César, Imperador de Roma, por Públio Lêntulo, governador da Judeia, antecessor de Pôncio Pilatos. Foi encontrada pelos monges «Lazaristas» em 1928.
A carta diz o seguinte:
«Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te. Há aqui um homem, chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta, e os seus discípulos afirmam ser o Filho de Deus. Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo: ressuscita mortos, cura doentes e surpreende toda a Jerusalém. Belo e de aspecto insinuante, é uma figura tão majestosa que todos o amam irresistivelmente. O rosto moreno, com uma barba espessa, é de uma beleza incomparável. O olhar é profundo e grave... É o mais belo homem que imaginar se pode, muito semelhante a sua mãe, a mais bela figura de mulher que jamais por aqui se viu. Diz-se que ninguém o viu rir. Algumas vezes o têm visto chorar. É amigo de todos e mostra-se alegre. Quando repreende apavora. Quando adverte, chora. Na conversação é amável com todos. Se Tua Majestade, é César, desejas vê-lo, avisa-me, que eu logo to enviarei. Nunca estuda e sabe todas as ciências. No dizer dos hebreus nunca se ouviram conselhos semelhantes, nem tão sublime doutrina como a que ensina este Cristo. Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também muitos o acusam a mim, dizendo, ó César, que ele é contra a Tua Majestade porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus.
Ando apoquentado com estes hebreus, que pretendem convencer-me de que ele nos é prejudicial. Os que o conhecem e a ele têm recorrido afirmam que só têm recebido benefícios e saúde. Estou pronto, ó César, a obedecer-te e cumprirei o que ordenares. Adeus».
1 comentário:
Mais "Publius Lentulos" necessitava a actual Igreja e não de Público Lento, como se vai vendo por í...
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