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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Comentário à Missa do Próximo Domingo

Domingo XIX do Tempo Comum
08 de Agosto de 2010
Estar preparado para a chegada de Deus
A vinda de Deus tem a ver com todos os nossos projectos e com todos os nossos planos assumidos na história concreta da existência. Por isso, descobre-se a presença da vinda do Filho de Deus em todos os momentos em que somos capazes de viver a verdade acima de tudo; na nossa casa, Deus vem em todas as ocasiões em que correspondemos ao amor para não criar conflitos com os pais, os irmãos e contribuirmos assim para a paz familiar tão necessária para a felicidade de todos; no trabalho, Deus está presente todas as vezes que soubemos assumir a responsabilidade no sentido em que aquilo que fazemos é um serviço elementar para a construção da sociedade; em todos os momentos em que não nos inibimos de lutar contra a maldade, a inveja e a mentira, o Filho de Deus nem precisa de bater à porta porque já se faz realidade plena através das nossas acções... Como vemos o acontecer de Deus é sempre muito mais simples do que aquilo que nós somos capazes de imaginar. Afinal, descobre-se que são tantos os momentos em que Deus vem para a nossa vida e que não é só nessa hora final da vida terrena que Deus revela a sua presença. Assim, preparação no Evangelho equivale a viver sempre na fé.
A presença de Deus é muito importante para sermos o que somos. A nossa vida seria muito pior sem essa presença. O sentido da existência seria uma miragem e já estaríamos mortos muito antes da morte física se não encontramos sentido para o dia a dia. A pior caminhada é aquela que nunca encontrou sentido e todas as pessoas que nunca descobriram a resposta para a sua origem, para o agora da vida e para o destino futuro, nunca serão verdadeiramente felizes e não enfrentam com coragem essa ocasião derradeira que chamamos de morte. E quando a coragem nos acompanha, a morte converte-se verdadeiramente naquilo que nos ensina Vítor Hugo, autor dos Miseráveis, «a morte é a suprema manhã».
O cristão não deve temer nada de nada e deve enfrentar toda a vida com a maior das liberdades. Porque viver toda uma vida cheia de medos e com desconfiança de tudo parece impossível, mas muitas vezes encontramos pessoas profundamente inquietas com o coração oprimido pelo medo e pelo desespero em relação ao futuro.
José Luís Rodrigues

3 comentários:

Marilu disse...

Querido amigo, o medo é nosso pior inimigo, sempre temos que tentar independente da resposta que teremos...Beijocas

M Teresa Góis disse...

Muitos Cristãos não destrinçam o TEMOR (respeito) do TEMER. Se esta explicação fosse mais divulgada penso que a visão de Deus seria mais verdadeira, menos temida.Na verdade ainda muitos vêm Deus como um juiz.
Penso que "ser juiz" será talvez o último dos projectos, para a criatura Criada com Amor,de Deus.

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luís, realmente a morte de Deus é a morte do ser Humano. O homem quando o matou através da ganância do "vil metal" ficou a padecer a maior orfandade na sua vida. A patologia do materialismo de vida é grave, porventura, pior que o materialismo dialéctico. Foi Dostoievski que disse "se Deus não existe então tudo é permitido". Os nossos horizontes estão muito limitados. O mundo está doente , a matança é enorme.Não esquecer os assassinos genocidas do sec XX e ainda hj não estamos livres deles. Se não há Oração, uma Igreja que tb não responda às grandes interrogações das mulheres e homens modernos, todos vamos perder esta batalha. Num célevre livro de Gilbert Cesbron "Cães Perdidos sem Coleira" dizia o autor "Multidão escreva levantai-vos, levantai-vos". Tenhamos esperança. Ser cristão é ser portador dessa Esperança na Ressusreição de Jesus que no dizer do grande Pedagodo Paulo Freite é uma Páscoa contínua em termos de Educação Para a Liberdade.