Alguns tomaram o fanatismo e o legalismo como realização pessoal. Os funcionários de Deus estão por todo o lado. Há também umas damas de caridade que se instalaram por aí em ligas, movimentos e associações que a única coisa que sabem fazer é gastar energia, chá e jogar às cartas. Por isso, vivemos uma Igreja de teimosos e teimosas que não reconhecem as limitações da idade e não permitem a mudança e a transformação como novidade principal do Evangelho de Jesus Cristo. A teimosia e a pesada idade de muitos e muitas, instalados no mofo bafiento das instituições, faz envelhecer e matar a Igreja. Estas instituições há muito que deixaram de cativar, porque não se transformam nem se adaptam aos tempos novos que o mundo oferece em todos os quadrantes sociais. Este também é um tipo de fanatismo.
A razão principal de tudo isto, radica no facto de se ter concebido uma falsa ideia de Igreja. A Igreja nunca pode ser a «igrejinha» de alguns na qual se instalaram anos e anos a comer à custa do povo simples. Já chega de pretensos cristãos, que ao invés de servirem, servem-se da Igreja para se mostrarem que são importantes, imprescindíveis e insubstituíveis.
A verdadeira definição de Igreja, está no Concílio Vaticano II, que se inspirou na ideia do Antigo Testamento, sobre o «Povo de Deus» e descoberta mais tarde pela inteligência de Pedro, ao dizer, são finalmente constituídos em «raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo conquistado... que outrora não era povo, mas agora é povo de Deus» (1Ped 2, 9-10). Todo esse fanatismo que por aí anda, violento, porque contradiz a vontade de Cristo, não passa de uma roupagem pretensamente caridosa, que não salva senão os comodismos pessoais dos interesseiros deste mundo.
Todas as visões de igreja e de igrejinhas que muitas vezes pululam nalgumas cabeças da nossa praça, são puro fanatismo que não busca o interesse de todos, mas salvaguardar tachos e interesses escondidos que diante de Deus não terão qualquer sentido ou valor. Mais curioso e surpreendente é constatar que estamos diante de ideias falsas sobre o que é a Igreja, que pode conduzir à destruição fatal da verdadeira Igreja do Evangelho. Todos somos chamados a assumir o amor pela verdadeira palavra que Cristo nos revela e daí aprender que não existe uma outra Igreja, senão a que o mesmo Cristo faz nascer no coração de cada um.
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