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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Um espírito impuro dos tempos de hoje

Comentário à Missa do Próximo Domingo
29 de Janeiro de 2012
Paulo, convida os crentes a repensarem as suas prioridades e a não deixarem que as realidades transitórias sejam impeditivas de um verdadeiro compromisso com o serviço de Deus e dos irmãos. A vida do dia-a-dia vai-nos empurrando em direcção aos nossos problemas, questionando as nossas opções, fazendo-nos avançar ou recuar. E questiona sobretudo a dimensão daquilo a que nós chamamos problemas.
Por isso, reparemos… Novecentos e sessenta e três milhões de pessoas (963 000 000) vivem situações de fome ou forte privação alimentar, em todo o mundo. E, tudo indica, a tendência é que isto se agrave. São números da FAO.
Apesar da abundância de víveres no mundo, mais de 800 milhões de pessoas continuam a ir dormir de estômago vazio; milhares de crianças morrem, a cada dia, devido a consequências directas ou indirectas da fome, da subalimentação crónica. Enquanto as riquezas acumuladas no mundo permitem todo tipo de esperanças, a pergunta é a mesma: é possível acabar com a fome?
Seguramente alguns pontos foram marcados na luta contra esse flagelo. No decorrer do século XX, a produção de víveres aumentou a um ritmo mais constante do que o da população mundial, que mais do que duplicou. No entanto, o acesso desigual aos alimentos e aos meios de produção continua a privar milhões de seres humanos do direito mais fundamental, o de uma alimentação sadia e nutritiva.
A solução deverá passar pela duplicação da produção de alimentos, o que significa que terá que haver um substancial reforço do apoio à actividade agrícola, um pouco por todo o mundo. É curioso este paradoxo. A agricultura é algo a que, muitas vezes de forma provinciana, se procura «escapar». Não é moderno, não é alegadamente rentável, é demasiado exposto às vicissitudes do clima, é demasiado «subsidio-dependente», dirão alguns.
Às vezes, chegamos à conclusão que o nosso foco está descentrado, e verificamos o quão privilegiados somos. Continua a ser difícil arrancar de nós mesmos a carapaça dos pequeninos problemas que muitas vezes criamos. Mas estes outros continuam a alastrar, e a aproximar-se, cada vez mais, de nós todos. Face a estes problemas que afectam muitos milhões de seres humanos, devemos deixar de nos consumirmos nos pequenos problemas que levantamos aqui ou ali, como se nisso estivesse o centro do mundo e da vida.
Paulo procura guiar-nos para o essencial e convoca para «o que é digno» para todos nós e mais apela que o essencial «pode unir ao Senhor sem desvios». Os grandes problemas do nosso mundo requerem uma união firme de toda a humanidade, para que se acabe com este escândalo da fome e de todo o género de pobreza que ainda consome grande parte da humanidade. E se antes pensávamos que estes problemas, eram só dos outros e distantes, afinal, enganamo-nos, estão aí a tocar já a famílias cada vez mais próximas de nós.
José Luís Rodrigues
Imagem Google

1 comentário:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Meu Amigo e Irmão, estamos na calamidade.Penso que a Ressurreição do Senhor Jesus nos dê algum ânimo. Jesus ressuscitou para dar à humanidade uma outra forma de viver, aqui na terra. Paulo é o Apóstolo da novidade. Rebentou com a sua cegueira, egoística,, egotista para nos dar "essa tal novidade", Amizade, Fraternidade, Amor. E, afinal, o que é a Ressurreição do Senhor Jesus? Se não isto. Quem pensar que a Igreja proclamada aos Apóstolos do Senhor Jesus é, apenas, beatice, hierarquia,igrejinhas e santuários .Está enganado. Jesus rebentou com o estatisto e estaticismo das religiões e das igrejas. Jesus veio proclamar uma humanidade nova, mesmo, sem ser preciso a Revolução Francesa e outras posteriores. É pena que os cristãos não fossem , tal como os verdadeiros protagonistas da Fé.E, no dia de hoje, falo de S.Tomás de Aquino. O grande filósofo e teólo da Idade Média .Talvez, o maior. Tanta miséria, pobreza. Por quê? O Evangelho é a resposta integral para que a humanidade seja mais unida. É, por isso, que há a Eucaristia do Senhor Jesus. Comunguemos todos esse Pão e esse Vinho da partilha e da alegria. Vem, Senhor Jesus!