«Não havia nexexidade», diria o diácono remédios.
Quanto aos abusos que se praticam no Mercado dos
Lavradores, devem remontar aos primeiros anos da colonização da Madeira, já
foram sobejamente denunciados por tantos madeirenses «comidos» ali por outros
madeirenses. Vilões a enganar vilões. Qual o madeirense que não sabe disto e
que já não tinha passado por experiências deste género?
As autoridades agora tremeram e deram-se de conta de
que afinal na ilha não entram mais vilões iguais aos que cá estão. Entra também
gente inteligentemente atenta, que repara no logro da imagem que se vende da
ilha Madeira. No entanto, receio que os verdadeiros culpados deste caso não
serão «grandes» que andam a pressionar as autoridades fiscalizadoras da vida
social, para não atuarem
nem autuarem os prevaricadores, os burlões e os
abusadores dos espaços públicos. Os culpados vão ser os pobres mexilhões, encadeados
na engrenagem do funcionamento desta terra, porque se esqueceram de que são
pobres e que não terão as mesmas possibilidades de se safarem como outros a
outro nível as têm.
É lamentável o vídeo do alemão. É lamentável que
tenha sido necessário um alemão ter dado com a boca no trombone para que quem
nunca deve dormir acordasse. É lamentável que as vozes de cá sejam tantas vezes
secundarizadas, ignoradas, ridicularizadas e algumas vezes madeirenses queimem
vivos na praça pública outros madeirenses porque ousaram apontar o que anda mal
na vida social.
Há meses que ando a alertar para uma cratera que
nasceu no meio da Praia do Almirante Reis, onde devem pernoitar bêbedos e
drogados que pululam pela cidade. Esta cratera está rodeada de lixo asqueroso.
Um pouco mais adiante estão duas tendas em circunstâncias idênticas. Uma
bandalheira geral que não interessa às autoridades. Vou aguardar que venha um
alemão com voz mais autorizada que a minha, que faça um vídeo sobre estes adereços
encantadores para turismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário