24 de Dezembro de 2021
Vivemos como que exilados do céu
somos
húmus na vertigem do sem sentido
loucos
pelo possível e pelo impossível
nas
malhas desta terra inconstante e sem valor
como
que mortos no chão de Dezembro sem florir
é
bastas vezes existência fome da serenidade do amor.
Assim
tomados de assombro face ao Natal
Lembra-nos
que é preciso retomar a luta
entre
as mãos de uma mãe que amassa o terno pão
na
pobreza despojada deste olhar como abrigo
nesse
tempo frio onde sobrou apenas uma gruta.
Mais
uma vez deve ser aconchegante ver
uma
Sagrada Família compenetrada sobre o centro
desta
visão infantil onde somos todos uma criança
abafados
pelas frágeis e rudes palhas do ser.
Cantam
anjos e pastores hossanas de alegria
a
libertação do mundo veio outra vez está dito
pela
forma do canto de um sonho interminável
para
o mundo que teima em ser abominável
quando
os dias são nada em vez do infinito.
Com
flores, árvores e pedras o céu nas casas
é
presépio iluminado momento sério sem cobiça
nasceu
o Menino de Maria e do olhar de José
tanto
é o respeito de ambos palavra para amar
a
Boa Nova da bondade e da justiça.
E
foi assim por piedade que o mundo viu
novos
céus e nova terra para a humanidade
mais
um apelo à conversão perante os gritos
pois
são tantos os olhos molhados dos aflitos
silêncios
cúmplices é preciso firmemente acabar
com
as malditas noites e dias sucessivos.
Mas,
eis o novo tempo que para todos prenuncia
é
o sol que em ti divina conversão já floria.
É
Natal! É Natal! Não seja apenas mais um dia
seja
sempre vida nova. Sonho renovado do futuro
que em ti o mistério plantou como a flor numa poesia.
JLR
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